Levy Guimarães (O Tempo, Brasília, 25/10/2021) reporta a manifestação do financista neoliberal Paulo Guedes, que está ministro da Economia, pela urgente privatização da Petrobrás.
Seu desejo se expressa ao mesmo tempo em que sai a edição de 2021 do World Energy Outlook, relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) com as estatísticas do mundo da energia e a perspectiva futura. A projeção pós-covid, 2019-2030 mostra aumento da demanda por energia. Já em 2023, a AIE espera que o consumo retorne ao nível pré-pandêmico.
Neste cenário o petróleo continuará representando cerca de um terço do suprimento e com o gás natural representarão 54% do fornecimento da energia primária do planeta. Em que mundo, que louca estatística se vale o atual ministro da Economia para prever que uma empresa de petróleo perderá valor?
Mais uma vez se evidencia o total descolamento da realidade, a dissociação do interesse nacional das decisões governamentais. Ignorância? Má fé? Nada disso, apenas o cumprimento dos objetivos de quem os colocou nesta posição: o sistema financeiro apátrida, onde os capitais oriundos dos ilícitos (drogas, prostituição, contrabandos, corrupções de toda ordem) se avolumam a cada dia.
Mas a originalidade do Guedes é zero. Antes mesmo de o capital financeiro assumir o poder no mundo ocidental e se infiltrar no oriental, o Brasil já sofria a pressão externa para não ter sua empresa de petróleo, como em todo mundo, com ou sem petróleo, para garantia de suprimento, os países procuravam dispor.
Porque energia é fundamental para o desenvolvimento da sociedade. É muito mais do que indispensável ao crescimento econômico, porque eleva o padrão de vida, as condições civilizatórias. E o petróleo, óleo e gás natural, é e continuará sendo a mais importante fonte de energia do mundo. O Relatório da AIE, como os relatórios de todas as organizações que analisam as estatísticas e cenários da energia demonstram, o petróleo vai ficando cada vez mais caro, sua descoberta cada vez mais difícil, sua produção exigindo maiores investimentos em tecnologia, mas será por um século ou mais, ainda a principal fonte primária de energia.
O desejo do Paulo Guedes é apenas sua manifestação de viralatismo, seu desapreço pelos brasileiros, o seu antipatriotismo.
Como foi programada esta venda da Petrobrás, rapidamente e por valores ínfimos? Primeiro foi criada, no governo do Partido dos Trabalhadores (PT), pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América (EUA) e sua agência de espionagem, terrorismo e golpe, a Central Intelligence Agency (CIA), a operação lava-jato no Brasil. Para conduzir esta operação foi designado um juiz, de poucas luzes mas muito obediente, da vara penal de Curitiba, no interior do Brasil, que já fora adestrado pelos órgãos estadunidenses.
Depois com a participação de todas as mídias, em especial as dos irmãos Marinho, desencadeou-se intensa campanha contra a Petrobrás, levando de arrastão a engenharia brasileira. Um oleoduto jorrando dinheiro aparecia no principal noticiário noturno da televisão. Na páginas dos jornais também se buscava com mentiras, para as quais jamais se pedia desculpa, destruir a credibilidade da Empresa: que o pré-sal, redentora descoberta da Petrobrás, não existia, depois que a estatal brasileira não dispunha de tecnologia, em seguida de recursos para explorá-lo, e ao fim que a Petrobrás estava falida. Nada se sustentando, embora bastante abalada, a Petrobrás foi finalmente apunhalada com o Preço de Paridade de Importação (PPI), para determinar o preço dos derivados nas refinarias.
Inacreditável que esta medida, surgida com o golpe de 2016, esteja há cinco anos em vigor. PPI significa que a Petrobrás tendo petróleo no Brasil, refinarias para produzir todos os derivados e podendo colocá-los à disposição do consumidor brasileiro por menos da metade do preço atual, use um valor absolutamente fora da nossa possibilidade econômica e de todos nossos irmãos, encarecendo ainda mais a vida na Nação, como se vê na acelerada inflação, que Guedes não pode mais esconder.
Mas com isso tirou dos brasileiros, que foram às ruas pela criação da Petrobrás, a elas voltassem para a manter. O governo financista, destituído do mínimo de patriotismo e decência, aproveita sua própria ação demolidora, que seu dirigente apenas pensa em quem irá culpar, para dar forte marretada na existência da Nação.
E nada mais parecido com os tucanos do que os bolsonaristas, apenas estes são mais rudes, mais clowns, cuja etimologia vem de rústicos, que não sabem se comportar entre os mais civilizado. Que me perdoem os profissionais que a todos dão momentos de alegria. Vocês não pertencem a estes inimigos do povo e da Pátria brasileira.
(*) Por Pedro Augusto Pinho, administrador aposentado.
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