Motivo da abordagem policial teria sido “perturbação ao sossego”; Renato Freitas (PT-PR) e outro rapaz negro foram conduzidos à delegacia para assinar termo circunstanciado
O vereador Renato Freitas (PT-PR) foi preso pela Polícia Militar em Curitiba, na tarde desta sexta-feira (4), enquanto jogava basquete e ouvia música com uma caixa de som em uma praça na região central da cidade com um amigo, também negro.
A abordagem policial teria sido motivada por “perturbação ao sossego” e, ao questionar a ação da PM, Freitas foi acusado por um dos agentes de “atrapalhar o trabalho da PM”.
Toda ação foi filmada. “Essa é a cara de Curitiba. A cara do racismo“, disse o vereador, já detido, antes de ser conduzido para a delegacia, junto com seu amigo, para assinar um termo circunstanciado.
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A equipe de Freitas, pelo Instagram, divulgou um vídeo que mostra pessoas fazendo um ato em frente à delegacia pedindo a liberação do vereador. “Abaixo o racismo. Renato livre”, diziam os presentes.
Em nota, o gabinete do vereador afirmou que sua detenção foi “inadequada, ferindo direitos fundamentais do cidadão em questão”.
“O vereador questionou o método, que é corriqueiramente aplicado pela Polícia Militar. Entretanto, em total desrespeito às prerrogativas inerentes à sua posição, mesmo tendo se identificado como Advogado e Vereador, Renato foi levado preso ao Batalhão da Polícia Militar, em condições absolutamente desproporcionais e inadequadas com relação à sua dignidade”, diz nota oficial.
NOTA À IMPRENSA E CANAIS DE COMUNICAÇÃO
Viemos por meio desta, informar acerca da prisão do Vereador Renato Freitas, ocorrida na tarde de hoje (04) durante um momento de prática esportiva, em uma praça de Curitiba. Renato acompanhou uma abordagem policial realizada de forma+
— Renato Freitas (@Renatoafjr) June 4, 2021
Em 2018, enquanto distribuía panfletos de sua campanha a deputado estadual, Freitas chegou a ser agredido por policiais militares.
“Descabida a prisão do vereador @Renatoafjr de Curitiba. Jovem, negro, Renato tem sofrido perseguição. Estamos acompanhando o caso, mas esta é a realidade de muitos jovens da periferia”, comentou a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) sobre a detenção desta sexta-feira.
Reprodução da Revista Fórum