Em 2013, enquanto Ministro da Saúde, tomei a decisão de incorporar a vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV) no SUS e anunciamos à população brasileira sua inclusão no calendário das campanhas de vacinação do nosso Programa Nacional de Imunização (PNI).
Essa vacina imuniza contra os tipos 16 e 18 do vírus, considerados de alto risco e que representam casos de câncer de colo de útero, e os tipos 6 e 11, baixo risco, que causam as verrugas genitais.
Além da garantia de proteção ao vírus que causa cânceres além do de colo do útero – terceiro tipo mais frequente entre as mulheres -, mas também de vulva, vagina, pênis, ânus, boca e orofaringe, essa introdução significou transferência de tecnologia, poder de compra e independência de imunização para o Brasil.
Assim, pais e mães puderam proteger seus filhos de 9 a 14 anos gratuitamente. Antes dessa incorporação, a imunização era oferecida somente em laboratórios particulares, ao valor de R$ 1.200 em três doses da vacina. Ou seja, só quem tinha dinheiro poderia ser vacinado.
Uma curiosidade é que a planta dessa vacina, que é fruto da transferência de tecnologia de uma indústria internacional – que possui a patente – para o Instituto Butantan e coordenada pelo Ministério da Saúde, foi utilizada para o desenvolvimento da vacina contra a Covid-19, que tem salvado milhares de vidas.
Apesar da incorporação desta importante política de saúde pública no país, na época, assim como acontece hoje, surgiram fake news e absurdos antivacina, com episódios de reações, nada comprovado que tivessem relação com o imunizante.
Oito anos após essa incorporação, os resultados: a queda de cerca de 90% dos casos de câncer de colo de útero entre as mulheres vacinadas contra o HPV no Brasil. Esse dado é de um estudo publicado pela revista científica The Lancet.
Vacinas salvam vidas e nos protegem, é ciência. Só elas podem garantir que o coletivo esteja protegido. Só elas podem assegurar que possamos reduzir o sofrimento das pessoas. O brasileiro possui boa receptividade às vacinas e precisamos permanecer em alerta, não podemos permitir que nosso país seja convencido por teorias negacionistas e fake news.
(*) Alexandre Padilha é médico, professor universitário e deputado federal (PT-SP). Foi Ministro da Coordenação Política de Lula e da Saúde de Dilma e Secretário de Saúde na gestão Fernando Haddad na cidade de SP.
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