
Quis a conspiração do Deus do Tempo, Kronos, que este ato se realizasse num 26 de julho, data que marca a virada nos destinos históricos para América Latina, por ser o início da primeira Revolução Socialista vitoriosa na região, a Revolução Cubana.
Quis a conspiração do Deus do Tempo, Kronos, que este ato se realizasse num 26 de julho, data que marca a virada nos destinos históricos para América Latina, por ser o início da primeira Revolução Socialista vitoriosa na região, a Revolução Cubana.
Aqui, nesta Universidade Necessária de Darcy Ribeiro, erguida com suor, sangue e lágrimas dos Candangos, o governo Jango criou esta alavanca para questionar e enfrentar a Pedagogia Colonial que sempre marcou a universidade no Brasil. A UnB nasce quando o Brasil estava sonhando com as Reformas de Base, quando havia a Campanha Nacional de Alfabetização, dirigida por Paulo Freire, Anísio Teixeira e o próprio Darcy. Os primeiros estudantes da UnB também eram alfabetizadores de candangos!
A UnB nasceu como ferramenta para pagar as gigantescas dívidas sociais do Brasil. E que ainda hoje não foram pagas. O analfabetismo ainda machuca o Brasil, mas já foi erradicado em Cuba, na Venezuela, Nicarágua e Bolívia. Milhões de brasileiros ainda bebem água podre, como os animais.
Aqui, aprendi a pensar conscientemente, aqui escutei, pela primeira vez, Mercedes Sosa cantando a pura rebeldia de “Me gustan los Estudiantes”, da lavra poética revolucionária de Violeta Parra. Aqui germinaram meus dois talismãs de uma vida inteira: Mariana, com Carime, que estudava História, e Aurora, com Tereza, da Educação Física.
O Movimento Estudantil da UnB sempre foi celeiro de quadros para questionar e mudar o Brasil e o mundo. Do movimento estudantil também surgiram Fidel Castro, Daniel Ortega. Mesmo nos períodos mais autoritários, o ME da UnB sempre buscou sintonia com o sonho rebelde da Universidade Necessária de Darcy.
A expulsão não arrancou a UnB dos nossos corações. Ao contrário, a enraizou mais profundamente. Há 45 anos andamos de mãos dadas com a UnB. Aqui realizamos greves corajosas para pedir democracia, eleição direta, reformar agrária, nacionalização do que pertence ao povo brasileiro, como a Petrobrás, Eletrobrás, Telebrás, Vale, que precisam voltar à soberania do Brasil.
Aqui fizemos a campanha UM LÁPIS PARA A NICARAGUA, e a comunidade UnB foi generosa na doação de milhares de lápis para a Revolução Sandinista, mesmo quando uma usina de ódio estava instalada naquilo que se chamava Reitoria, mas era a prepotente intervenção ditatorial, a quem acusamos pelo desaparecimento de Honestino Guimarães.
45 anos depois daquela Greve de 1977, que abalou o país e espantou o medo, aqui voltamos para reafirmar nosso compromisso com os Candangos que construíram a UnB, Brasília e o Brasil. Aqui voltamos para sonhar Darcy Ribeiro e renovar nosso compromisso com a Universidade, que deve não apenas ser pública e gratuita, mas também uma fortaleza de luta contra a Pedagogia Colonial que está no MEC, nos Meios de Comunicação, no Congresso e na Politica Econômica que rapina 50 por cento do Orçamento Federal, para engordar banqueiros por meio do diabólico sistema da divida.
Aqui viemos para dizer, 45 anos depois, que mantemos acesa a chama do Movimento Estudantil transformador e da Universidade Necessária!
(*) Por Beto Almeida, jornalista, ex-líder estudantil
(Discurso não lido do jornalista Beto Almeida, estudante expulso da UnB, em 1977, no lançamento do livro “UnB Anos 70 – Memória do Movimento Estudantil”, em 26/07/2022). Em Memória de Carlos de Lucena Aiube (Matemática) e de Mario Casto (Arquitetura).
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