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Trabalho precário, atrasos e calotes nos pagamentos de recenseadores atrasam o Censo 2022

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Em 2 meses apenas 26,7% dos setores censitários foram concluídos. A causa, segundo apuração do jornal Esquerda Diário, é a precarização do trabalho, atrasos e até calotes nos pagamentos dos recenseadores temporários, além dos cortes de verbas  feitos pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Outros veículos de imprensa informaram, no início de setembro, que queixas de violência e demora nos pagamentos levaram recenseadores do Censo 2022 a se organizarem em um movimento que foi às ruas no dia 1º de setembro em várias capitais para reivindicar melhores condições de trabalho.

 

 

Nas redes sociais, haviam postagens e imagens convocando os recenseadores para uma greve, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo Censo, afirma que a coleta de dados transcorre normalmente.O Sindicato  Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) afirma que não participou da convocação dos atos realizados, mas que se coloca à disposição dos trabalhadores para ouvir as reivindicações, organizar assembleias e mediar o diálogo com o IBGE.

 

 

“Eles se mobilizaram e criaram um movimento nacional que é muito em rede, muito flexível e não tem uma instituição que consiga falar oficialmente por ele. São grupos de recenseadores que, de forma descentralizada, se manifestam de forma espontânea”, disse o diretor da Executiva Nacional da Assibge, Elvis Vitoriano da Silva.

 

Realizado de 10 em 10 anos, o último Censo ocorreu em 2010,  no governo Lula, do PT, e em apenas 2 meses o governo federal já haviam concluído 80% do setores demarcados para a pesquisa. Em 2020, no governo Bolsonaro, do PL, não houve censo por causa da pandemia da covid-19. Em 2021, também não hoje censo porque jo governo Bolsonaro cortou toda a verba destinada ao censo. A interferência do governo Bolsonaro no Censo População feito pelo IBGE é uma política de desmonte do Estado nacional.

 

 

Em abril de 2014, no fim do primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), o IBGE foi pressionado a atrasar a divulgação dos resultados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) pelos senadores Armando Monteiro (PTB) e Gleisi Hoffmann (PT). Segundo eles, seria necessária uma “revisão metodológica” da pesquisa, que em 2013 registrara um índice de desemprego quase dois pontos percentuais mais alto do que outro levantamento do IBGE.

 

 

A ideia fixa do presidente Bolsonaro para mudar a metodologia tem vários objetivos, dentre eles o de fazer desaparecer segmentos populacionais das demandas financeiras do Estado nacional, ignorar a existência de segmentos populacionais, tornar invisíveis novos segmentos e justificar o não investimento em políticas públicas, eliminar direitos da população e desviar a destinação de dinheiro público dos setores primários do Estado nacional para setores privados, como bancos e outros interesses particulares de grupos empresariais e políticos.

 

 

Quando chegou em 2021, um ano depois do prazo para realização do Censo populacional pelo IBGE, o governo Bolsonaro retirou mais dinheiro do instituto, que perdeu mais de 90% de sua verba, conforme o parecer final do Orçamento federal, apresentado pelo relator-geral, senador Marcio Bittar (MDB-AC) e aprovado pelo Congresso no dia 25 de março. Na época, o texto aprovado retirou mais R$ 1,9 bilhão do Censo, ante previsão anterior de R$ 2 bilhões para realização da pesquisa. Com isso, sobraram para o Censo apenas R$ 190,7 milhões já autorizados e outros R$ 50 milhões condicionados a proposta de crédito suplementar, o que ainda dependeria de autorização do Congresso.

 

 

Na época, o IBGE, que teve sua diretoria e outros cargos-chave totalmente modificados pelo govenro Bolsonaro, divulgou uma nota dizendo que o corte de verba menor, de R$ 1,7 bilhão, proposto inicialmente por Bittar, já inviabilizaria a realização do Censo em 2021. A pesquisa era prevista originalmente para 2020, mas foi adiada por causa da pandemia da covid-19. Este ano, não teve jeito: o governo foi obrigado a fazer o Censo, mas até agora, meses depois do início, menos de 30% do trabalho foi concluído.

 

 

Em nota na Internet, o jornal Esquerda Diário afirma que “é preciso reorganizar as forças dos trabalhadores desde as bases, para batalhar, independente do resultado das eleições, por melhores condições de trabalho e salário. Nós do MRT e do Esquerda Diário estamos lado a lado com os trabalhadores do IBGE exigindo um aumento em todo o orçamento para a realização do censo 2022, 27% de aumento nos salários de todos os envolvidos no censo, pela garantia do pagamento do vale alimentação e do vale transporte para os recenseadores bem como a incorporação de todos os temporários no quadro efetivo dos trabalhadores do instituto com plenos direitos. Isso só é possível se enfrentando de frente com todo o regime do golpe para fazer com que os capitalistas paguem pela crise”.

 

 

E complementa: “É preciso um plano de luta unificado organizado pelas grandes centrais sindicais citadas acima, ao invés de permanecerem nessa trégua ao governo Bolsonaro na esperança de eleger Lula e Alckmin como se estes fossem capazes de derrotar a extrema direita e Bolsonaro pela via eleitoral sendo que sequer na campanha prometem reverter algum ataque. Somente com a força da juventude e dos trabalhadores, unindo efetivos e temporários nas ruas é possível, com muita luta, reverter todos os ataques do regime do golpe institucional e impor uma transformação nas regras do jogo”.

 




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