SindServiços-DF denuncia a falta de pagamento e afirma que já deveria ter sido realizado na sexta-feira (5/3), o que não ocorreu. Categoria pode entrar em greve a partir de 11 de março
Os trabalhadores terceirizados de unidades públicas de saúde do Distrito Federal não descartam uma greve-geral da categoria a partir da próxima quinta-feira (11/3). A informação é da diretora do Sindiserviços, Andréa Cristina da Silva, que justifica o movimento pela falta de pagamento de salários para os contratados da BRA Serviços e da Empresa Apecê.
De acordo com a sindicalista, as empresas teriam alegado atraso na quitação das faturas pela Secretaria de Saúde. “O salário deveria ter caído na conta até a última sexta-feira (5/3), que foi o 5º dia útil do mês. A categoria já está comunicada e poderá haver greve-geral a partir de quinta-feira”, frisou.
O Sindiserviços representa cerca de 4 mil trabalhadoras e os trabalhadores terceirizados na limpeza, higienização, conservação e portarias dos principais hospitais públicos, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e postos de saúde em todo o Distrito Federal.
“Sem pagamento, não restará alternativa e mínimas condições para prestação dos serviços pelos trabalhadores com eficiência. Serão obrigados a paralisarem as suas atividades a partir do próximo dia 11 março”, anuncia do Sindserviços-DF.
Empresas e locais
No Instituto Base (Hospital de Base de Brasília), Santa Maria e várias UPA administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), que têm contratação pela empresa Apecê, os auxiliares de serviços gerais e recepcionistas são, frequentemente, prejudicados com constantes atrasos salarias.
Os dirigentes sindicais afirmam que “a Empresa BRA Serviços transformou numa perversa rotina atrasar os salários dos seus empregados”. Essa empresa é a responsável pela prestação dos serviços de limpeza, higienização e conservação no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Hospital Materno e Infantil de Brasília (Hmib), além dos Hospitais Regionais de Planaltina, Sobradinho, Ceilândia, Taguatinga, Guará, Gama, Samambaia, Brazlândia e Paranoá, bem como a vários Postos de Saúde e até da própria Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) transformou numa perversa rotina atrasar os salários dos seus empregados.
Para a direção do Sindiserviços-DF, não é possível e nem aceitável o tamanho do descaso com os trabalhadores e com a população do Distrito Federal, principalmente nas áreas prioritárias de combate à pandemia do Covid-19.
“Quando se contrata empresas que não têm o menor comprometimento com milhares de trabalhadores e, grande parte, como constatou o sindicato, já não têm condições financeiras de quitar as suas dívidas e alimentar os seus familiares, é hora de se repensar nas privatizações via terceirização”, afirma.
Uma mobilização dos vigilantes também foi cogitada, contudo, o sindicato específico da categoria informou que, na noite desta segunda-feira (8/3), as empresas fizeram os repasses salariais.