O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, concedeu ao advogado, na sexta-feira (16), um salvo-conduto temporário para ele vir ao Brasil participar da reunião sem ser preso.

“Diante das tratativas mantidas pela Câmara dos Deputados com o depoente para que lhe seja assegurada ‘imunidade’, a fim de que possa esclarecer as denúncias em apreço ao Parlamento, penso que não há alternativa senão a concessão de salvo-conduto para esta finalidade”, disse Toffoli em sua decisão.

Em mensagem ao deputado petista, Tacla Duran informou que poderia estar presente no dia 19, data na qual está prevista a audiência pública. O requerimento de convite foi aprovado na comissão em 9 de maio.  O objetivo dos parlamentares é pedir o aprofundamento das acusações que o advogado tem feito sobre o senador Sergio Moro (União-PR).

Tacla Duran vem sustentando que pessoas próximas a Moro tentaram extorqui-lo na negociação de um acordo de delação “premiada” em 2016. Moro nega e afirma que o advogado fala sem provas sobre assuntos já investigados e arquivados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Breve histórico – Segundo informações do UOL, o advogado Rodrigo Tacla Duran tornou-se alvo dos investigadores da Lava Jato, em 2016, quando foi apontado por delatores como operador financeiro de empreiteiras. Uma quebra de sigilo mostrou que o escritório de advocacia dele recebeu de construtoras R$ 55 milhões (em valores não corrigidos) entre 2011 e 2013. Como advogado, atuou para a Odebrecht de 2011 a 2016.