O corpo do sociólogo e advogado, João Carlos Bona Garcia, 74 anos, foi cremado neste sábado, 13 de março. Ele morreu por complicações da Covid-19 na sexta-feira, 12, estava internado no Hospital Militar de Porto Alegre.
Bona como era chamado de forma carinhosa pelos companheiros, foi um quadro político importante durante a resistência à ditadura militar. Aos 17 anos se filiou à Vanguarda Popular Revolucionária (VAR) e participou da luta armada, como informa o blog Esquina Democrática. Ele foi preso, torturado, trocado pelo embaixador suíço, Giovani Enrico Bucher. Foi banido e exilado, viveu na Argentina, Chile, Argélia e França. Retornou ao Brasil em 1979 com a promulgação da Lei da Anistia.
Sua trajetória de luta e de vida foi contada no livro “Verás que um filho teu não foge à luta” e no filme “Em teu nome” do cineasta Paulo Nascimento, em 2014, premiado com quatro Kikitos no Festival de Cinema de Gramado. E que conta a sua história e de sua esposa Célia.
Bona Garcia, era gaúcho nascido no município de Passo Fundo. Era filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi chefe da Casa Civil durante a gestão do governador Antônio Britto. Também foi diretor do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). Também foi presidente do Tribunal de Justiça Militar do Rio Grande do Sul. Ele deixa a esposa Célia, os filhos Rodrigo, Luciano e Diego e cinco netos.