O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) afirma que “faltam professores e orientadores; sobra violência”. A matéria faz parte da campanha salarial 2022 da categoria que, dentre outras reivindicações, pleiteia a realização de concurso público, uma vez que a falta de profissionais é um dos fatores que agravam a violência nas escolas
A reação do governo do Distrito Federal aos casos de violência ocorridos em âmbito escolar nos últimos meses foi o lançamento de edital de licitação para contratar empresa de vigilância armada. Entretanto, o grave problema que assombra a população do DF tem como um dos principais fatores o déficit de professores(as) e orientadores(as) educacionais.
Segundo dados da própria Secretaria de Educação, faltam ao menos 5 mil professores efetivos nas escolas públicas do DF. Com isso, depois de dois anos de ensino remoto, estudantes voltaram às aulas, mas muitos deles se depararam com a falta de professores.
No Centro de Ensino Fundamental 214 Sul, na Asa Sul, que atende estudantes do 6º ao 9º ano (de 10 a 15 anos), há carência de professores(as) de matemática, português e inglês. Ao todo, o déficit é de 11 docentes; e o reflexo desse problema recai sobre, em média, 200 estudantes. A 44 quilômetros dali, na Escola Classe Vila Buritis, que fica no Setor Águas Quentes do Recanto das Emas, 12 professores efetivos dão conta de 34 turmas, sendo duas delas especiais.
“Esses são apenas alguns exemplos da realidade vivida pela comunidade escolar. Estamos diante de um cenário com 26 mil novos alunos, vindos de dois anos de ensino remoto. São salas de aula com até 47 estudantes e um número de professores deficitário. Com isso, mesmo diante do esforço sobre-humano dos professores e das professoras, a equação sala superlotada/falta de professores gera uma exclusão de alunos do processo pedagógico. Principalmente em escolas com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, que em muitos casos também são vítimas de carência e violência familiar, esses estudantes têm necessidade de se inserir na vida escolar, mesmo que seja pelo uso da violência”, explica a diretora do Sinpro-DF Luciana Custódio.
O cenário imposto às salas de aula se amplia para todo espaço escolar diante da carência também de orientadores(as) educacionais. Pela modulação atual, um(a) pedagogo(a)-orientador(a) educacional é responsável por atender 680 estudantes.
“Não ter orientadores e orientadoras educacionais nas escolas, ou mesmo ter um número muito pequeno desses profissionais, é negar acolhimento a estudantes, professoras e professores, pais, mães e responsáveis, impondo às escolas conflitos de convivência que refletem diretamente no desempenho de estudantes e no desestímulo de professores e professoras”, afirma a diretora do Sinpro-DF Meg Guimarães.
Concursos
De acordo com a Secretaria de Educação do DF, o concurso para a carreira Magistério e Assistência à Educação da rede pública do Distrito Federal deve sair em abril deste ano. A autorização para o certame foi publicada no Diário Oficial do DF do dia 7 de fevereiro. Entretanto, o número de vagas anunciado está longe de corresponder à necessidade da rede.
Para professor de Educação Básica 40 horas, o GDF disponibiliza apenas 776 vagas imediatas, mais 3.104 para cadastro de reserva. No caso de orientadores educacionais, são só 20 vagas imediatas e 80 para cadastro de reserva.
Assembleia
O Sinpro-DF continua insistindo com o governador Ibaneis Rocha a apresentação de soluções aos problemas da educação, como o déficit de professores e orientadores(as) educacionais. Esse e outros temas, como a recomposição salarial, a superlotação das salas de aula, o déficit de monitores e a insuficiência do número de escolas serão tratados em assembleia geral com paralisação no dia 27 de abril, com possibilidade de antecipação.
Fonte: SINPRO-DF
Acesse: Faltam professores e orientadores; sobra violência – SINPRO-DF (sinprodf.org.br)
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