Dentre os incontáveis prejuízos ao Brasil, a privatização vai entregar as águas brasileiras a multinacionais, rentistas, banqueiros e países estrangeiros
O Plenário do Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira (26), a realização de uma sessão especial de debates para discutir a Medida Provisória (MP) 1.031/2021, que viabiliza a desestatização da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras). A data ainda será definida.
Vários senadores se manifestaram, durante a semana, pedindo mais debates sobre a MP, que abre caminho para a privatização da estatal de energia elétrica e acaba com a soberania energética do Brasil, além de comprometer a soberania do Brasil em seus rios, lagos, e toda a água do País.
Apesar de nenhum país desenvolvido tenha privatizado os setores estratégicos e que garantam suas soberanias, no Brasil, os deputados federais aprovaram a MP foi aprovada pela Câmara dos Deputados, na semana passada, e agora será avaliada pelos senadores. O requerimento para a sessão de debates (RQS 1.565/2021) foi apresentado pelo senador Paulo Rocha (PT-PA), com apoio de colegas.
Conforme o pedido, a sessão poderá ter a presença de representantes do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Também serão convidados representantes dos prefeitos, dos consumidores, da indústria e de entidades ambientalistas.
Vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a Eletrobras responde por mais de 30% da energia gerada no País. A empresa tem capital aberto e uma capacidade instalada de 42.080 megawatts e 164 usinas, sendo 48 hidrelétricas, duas termonucleares e dezenas de outras fontes, como gás natural, eólicas ou a carvão e óleo. A Eletrobras tem também mais de 58 mil quilômetros de linhas de transmissão, o que corresponde a 57% do total nacional.
O modelo de desestatização prevê a emissão de novas ações da Eletrobras a serem vendidas no mercado sem a participação do governo, resultando na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União. Privatização da Eletrobras e o domínio da água brasileira pelos estrangeiros
O tema da água brasileira ser dominada por estrangeiros em consequência da privatização da Eletrobrás foi tema, nessa quarta-feira (26), da primeira live do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia (GTCT), da Adufmat-Seção Sindical.
Mediada pelo professor José Domingues de Godoi Filho, professor da Faculdade de Geociências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e coordenador do GTCT, a live contou com a participação do jornalista Beto Almeida, da Telesur, do Jornal Brasil Popular e da TV Comunitária de Brasília, e Sylvio Massa, economista, ex-diretor da BR Distribuidora, diretor da Aepet e autor do livro “A desconstrução da Petrobras: um crime de lesa-pátria”.
Com Agência Senado