A Tecnologia Social (TS) Conexão Cheiro Verde – Ciclo Virtuoso de Sustentabilidade em Centros Urbanos foi desenvolvida pelo Instituto Cidade Amiga na cidade de Cuiabá (MT).
O projeto teve início após ser identificada a necessidade de que fosse encontrada a destinação adequada para uma quantidade significativa de resíduos orgânicos originadas das atividades dos estabelecimentos comerciais parceiros.
A essência do trabalho consiste em promover um modelo de negócio que envolve estabelecimentos comerciais geradores de resíduos orgânicos e trabalhadorescom o objetivo de transformar estes resíduos em composto orgânico a ser utilizado na produção de hortaliças que terão como destino estes mesmos estabelecimentos.
Na TS que está sendo apresentada é possível identificar uma complementariedade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, com destaque para o ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis – Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis ( https://odsbrasil.gov.br/objetivo/objetivo?n=12 ).
A entidade protagonista da iniciativa é reconhecida por atuar em projetos sociais de geração de trabalho e renda associando a coleta de resíduos orgânicos com a produção em hortas produtivas.
Ao agregar no projeto as necessidades, tanto dos comerciantes como da população carente, a entidade mobilizou os moradores e para os quais foram oferecidos cursos de capacitação na produção de hortaliças e folhagens para ajardinamento.
Ao longo do projeto novas empresas se agregaram na iniciativa proporcionando uma melhor remuneração para as famílias envolvidas em toda a cadeia de produção, envolvendo o recolhimento dos resíduos, produção e a comercialização.
O projeto iniciou com apenas uma loja, no entanto no final do primeiro ano de funcionamento já estavam operando em cinco lojas e assim o projeto foi avançando gradativamente.
Com a evolução das atividades, foi criada a Cooperativa Conexão Cheiro Verde, congregando produtores, viveiristas e jardineiros, com a finalidade de viabilizar todas as etapas do processo de produção.
Na análise dos resultados alcançados é possível destacar que entre os anos de 2013 e 2016 a TS gerou um montante de R$ 750.000,00 ao processar 14 mil toneladas de resíduos e comercializar mais de 500.000 pés de hortaliças.
Detalhes sobre a implantação e funcionamento do projeto podem ser acompanhados pelos seguintes endereços eletrônicos:
https://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2014/III-093.pdf
A reaplicação desta TS pode contar com o apoio do poder público e de investidores sociais privados como feirantes, quitandas, restaurantes, condomínios e supermercados.
(*) Jefferson Oliveira – Economista
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