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Residência de covereadora do PSOL é alvo de tiros em São Paulo

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Atentado ocorre na véspera do Dia da Visibilidade Trans. Câmeras de vizinho mostram um veículo parando em frente sua residência

 

A covereadora Carolina Iara (PSOL), integrante da Bancada Feminista na Câmara Municipal de São Paulo, foi alvo de um atentado, na madrugada desta quarta-feira (27), quando dois tiros foram disparados contra sua casa.

 

A vereadora Luana Alves (PSOL) twittou, durante a tarde, que estava com Carolina Iara no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa para denunciar o atentado. “Estou no Dep. De Homicídios e Proteção à Pessoa com a @acarolinaiara e outras companheiras do PSOL, para fazer a denúncia do atentado contra ela. Não silenciarão as pessoas trans. Não intimidarão as mulheres negras!”, disse Luana na postagem

 

 

Fotos: Twitter da vereadora Luana Alves: “Ontem, a Carolina Iara (covereadora da @bfeministapsol em SP, do PSOL!) teve sua casa alvejada por tiros. Isso é o ódio às mulheres trans na política, principalmente às mulheres trans negras”, escreveu a vereadora

 

Atentado
A covereadora Carolina Inara contou à imprensa que, às 2h da madrugada, desta quarta-feira, a mãe dela ouviu dois disparos na porta de sua casa. “Ela veio me chamar, tinha aberto a janelinha da porta e sentiu cheiro de pólvora”, contou Carolina Iara.

 

Elas esperaram do dia amanhecer para verificarem o ocorrido. Viram no muro externo e na parede da sala para o lado de fora as marcas dos tiros. “O percurso da bala na parede dá direto a uma fresta, para dentro da casa. Naquele momento me dei conta que era um atentado político”, contou a covereadora.

 

Um vizinho disponibilizou imagens de uma câmera de segurança, a que mostra um veículo Pálio branco estacionando em frente à casa de Carolina na mesma hora em que a mãe dela e a vizinhança toda ouviram os disparos.

 

“Não dá para ver quem faz os disparos, mas logo depois o carro sai em disparada”, completa a covereadora, que diz não ter dúvidas de que foi vítima de um atentado político contra sua pessoa, justamente na Semana da Visibilidade Trans, quando estão sendo realizadas diversas atividades. Sexta-feira, dia 29/1, é o Dia da Visibilidade Trans.

 

Ela informou que, na hora do atentado, ela estava com a mãe e o irmão e ninguém foi ferido. A parlamentar registrou boletim de ocorrência. A assessoria de Iara informou que o carro branco tinha vidros escuros e ficou parado em frente à casa da parlamentar por cerca de três minutos no horário em que os tiros foram disparados.

 

Carolina Iara é a primeira covereadora intersexo eleita no país, além de ser negra, trans e conviver com HIV. A parlamentar foi eleita em 2020 para a Câmara Municipal de São Paulo, integrante a Bancada Coletiva, com 46.267 votos. No coletivo, há ainda outras quatro covereadoras: Silvia Ferraro, Paula Nunes, Dafne Sena e Natália Chaves.

 

Para a Bancada Feminista, “foi um crime político, por tudo que a covereadora representa como liderança de movimentos de pessoas trans. Exigimos investigação imediata, pois não podemos permitir que uma mulher preta, travesti e intersexo seja silenciada com violência”.

 

Nas redes sociais, a parlamentar recebeu o apoio de diversos políticos e lideranças de movimentos sociais. Entre os apoios, da vereadora Erika Hilton (PSOL), de Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, e da deputada estadual Mônica Seixas (PSOL), que afirmou que Iara já sofria ameaças desde a eleição em 2020.

 

Com informações da Internet

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