A história se repete. Basta surgir um rival à altura na luta pela hegemonia econômica que a retórica liberal dos EUA dá lugar ao pragmatismo. Agora, o avanço chinês e a desindustrialização fazem democratas e republicanos convergirem na busca por maior ativismo estatal. Trump confiou a politica comercial a R. Lighthizer, formado na Guerra Comercial com o Japão nos anos 80 (https://foreignpolicy.com/2018/08/06/you-live-in-robert-lighthizers-world-now-trump-trade/ )

Para ele, o Capitalismo de Estado da China trouxe “tremenda riqueza” às custas da indústria/tecnologia dos EUA. A solução seria forçá-la a se abrir. A Senadora democrata Elizabeth Warren, pré-candidata à Presidência, lançou recentemente um Plano econômico centrado em pol. industrial. O documento critica políticas passadas comparando-as às estratégias de países como Alemanha, Japão e China (https://medium.com/@teamwarren/a-plan-for-economic-patriotism-13b879f4cfc7).

Trata-se de desvalorização cambial para promover exportações industriais; subsídios a exportações e P&D, desde que a produção ocorra nos EUA; compras governamentais de produtos “made in USA”, inclusive para desenvolver novos mercados. Tem até criação de um “Superministério” de Desenvolvimento Econômico, que substituiria o “Department of Commerce” para implementar a pol. industrial. Nada disso deve arrefecer o apetite chinês pelo seu modelo, pelo contrário. Para Pequim, Chicago não passa de uma terra distante.