A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (20) que suspendeu a cobrança do Pix para pessoa jurídica. A taxa começaria a valer no dia 19 de julho. Mais cedo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a suspensão da cobrança.
“Foi pedido que suspendesse temporariamente até o presidente estar de volta semana que vem”, afirmou o ministro em rápida entrevista. “Então vamos aguardar o retorno do presidente para avaliar essa medida. O presidente que pediu.”
Em nota, a Caixa informou que suspendeu a cobrança para que os clientes possam se adaptar à nova regra. Por outro lado, o banco público informou que a taxação de transações via Pix por pessoa jurídica é realizada por praticamente todas as instituições financeiras desde sua implementação. Além disso, o banco ofereceria as menores taxas do mercado.
O Banco Central autorizou a cobrança de Pix de empresas desde novembro de 2020, quando criou a ferramenta. Portanto, não se trata de mudança realizada ou proposta durante a atual gestão. Ainda assim, perfis bolsonaristas nas redes sociais tentaram imputar a cobrança ao governo Lula.
Nesse sentido, Rui Costa afirmou que a presidenta da Caixa, Rita Serrano, se surpreendeu com a repercussão negativa. “A informação que ela me passou foi a de que todos os bancos já cobram essa taxa de empresas, de pessoa jurídica. O único banco que não cobrava era a Caixa por questão técnica”, explicou. “Ela não esperava que tivesse esse alcance, essa repercussão, a definição da Caixa em acompanhar os outros bancos.”
Desmentindo fake news espalhadas pelas redes sociais, o banco esclareceu que “não realiza cobrança de tarifa Pix de seus clientes Pessoa Física, de Microempreendedores Individuais (MEI) e de beneficiários de programas sociais”.
Foto da capa: Cobrança do Pix para empresas é realizada “por praticamente todas as instituições financeiras”, informou o banco
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