O candidato de esquerda às eleições presidenciais na Colômbia, Gustavo Petro, denuncia um plano para assassiná-lo e cancela sua viagem eleitoral pelo centro da Colômbia.
Petro, o candidato do Pacto Histórico, denunciou que, segundo informações “em primeira mão”, a quadrilha criminosa ‘La Cordillera’ está planejando um atentado contra sua vida, pelo qual decidiu suspender sua visita aos departamentos da região turística do Eje Cafetero, localizado no centro da Colômbia, como parte de sua campanha eleitoral.
“As visitas aos departamentos da Região Cafeeira programadas para os dias 3 e 4 de maio foram suspensas por questões de segurança”, declarou a campanha do candidato presidencial em comunicado divulgado nesta segunda-feira.
De acordo com a nota, alguns agentes fazem parte desse grupo criminoso, que é uma organização paramilitar dedicada ao narcotráfico e assassinatos que alcançou amplo controle sobre as autoridades civis, regionais e políticas da Região Cafeeira, além de algumas instâncias de a Polícia e o Exército.
Petro cancela sua viagem, enquanto a Polícia Nacional, em comunicado público, informou que até o momento não possui nenhuma informação de inteligência ou vinculada a processos judiciais que permitisse inferir a existência de um plano criminoso contra o candidato do Pacto Histórico.
El candidato presidencial @petrogustavo denuncia plan para matarlo. Ampliación en @estoescambio https://t.co/ITrpdzdvaU pic.twitter.com/UX8rdPvFwP
— Daniel Coronell (@DCoronell) May 2, 2022
Gustavo Petro esteve no Santa Marta no fim de semana e planejava continuar seus passeios pelo país na Região do Café, na cidade de Manizales, onde planejava se reunir com seus apoiadores e líderes de campanha da região.
A última pesquisa realizada pela consultoria Invamer, divulgada neste sábado, indica que o candidato de esquerda iria para o segundo turno ao obter 43,6% das intenções de voto no primeiro turno, marcado para 29 de maio.
Na opinião de especialistas, a possível vitória de Gustavo Petro é terrível para a elite dominante do país sul-americano, argumentando que ele poderia mudar o modelo econômico neoliberal da Colômbia, que tem mais de 30 anos, bem como aplicar uma mudança na política colombiana.
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