Tendência de crescimento mais lento da Covid-19, nos esgotos em municípios localizados em Porto Alegre e na Região Metropolitana. É o que mostra mais uma etapa do estudo feito pelas universidades Feevale e Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Mesmo presente em quase todo esgoto dessas regiões, as análises feitas a partir da primeira semana do mês de setembro, mostram que o ritmo de crescimento está desacelerando. Mas é preciso estar alerta, segundo Aline Campos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, “o fato da gente ver diminuindo não quer dizer que se pode baixar a guarda. De forma alguma, nós vamos continuar vigiando através do esgoto, através do exame clínico mas o vírus continua aí”, frisa.
O vírus chega no esgoto, por meio das fezes de pessoas contaminadas que tenham ou não os sintomas da doença. Por isto, as pesquisadoras chamam atenção para os riscos das pessoas que trabalham nas estações de tratamento. “Se tem recomendado que estes profissionais das estações se protejam com EPIS, porque esse aerossol traria um risco maior para estes trabalhadores, do que a ingestão da água em si. O contato com o esgoto diretamente”, como destaca Caroline Rigotto, coordenadora do projeto da Feevale.
Caroline lembra que este risco não existe na água que vem da torneira. “Água da torneira é clorada, segura. Então as residências que recebem essa água devidamente tratada não trariam risco para a saúde humana”, acrescenta. O estudo que ajuda a rastrear o avanço do coronavírus nas cidades é feito em parceria com o governo gaúcho.
Foto – Divulgação/Feevale