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Pela primeira vez, Superintendência do Incra no DF tem agricultora familiar no comando

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Agricultora familiar, assentada da reforma agrária e bacharel em direito. Esse é o perfil de Cláudia Pereira Farinha, que  assumiu, na semana passada, a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Distrito Federal e Entorno (Incra-DFE).  É a primeira vez que o Incra da capital do País e Entorno tem uma mulher no seu comando e, com esse perfil de ser oriunda da reforma agrária. A indicação foi saudada pelos movimentos de defesa da reforma agrária, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O jornal Brasil de Fato divulgou seu perfil e destacou a importância simbólica de sua nomeação.

 

Matéria divulgada pelo site do PT-DF informa que, nessa segunda-feira (17/4), Dia Nacional da Luta pela Reforma Agrária, ela foi saudada por integrantes dos principais movimentos sociais que lutam pelo direito à terra no País. Além de agricultora familiar e assentada da reforma agrária, ela tem um currículo invejável nesse setor.  Foi secretária de Políticas Sociais da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Distrito Federal e Entorno, gerente de Articulação Institucional da Diretoria de Desenvolvimento Agrário da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) do Distrito Federal e participou do Grupo de Trabalho (GT) que discutiu, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), as mudanças na Lei Programa de Assentamento de Trabalhadores Rurais (PRAT – Lei 1572/97) e sua reestruturação.

 

Cláudia Farinha, superintendente do Incra-DFE

 

“Neste 17 de abril – Dia Nacional de Luta por Reforma Agrária –, é um marco histórico para os movimentos sociais que fazem à luta pela terra para a realização da reforma agrária como política estruturante para enfrentar as desigualdades sociais, combater a fome e garantir segurança alimentar e nutricional, com disponibilidade e acesso permanente de alimentos, qualidade nutricional, garantir a produção agroecológica e o cuidado de nosso meio ambiente”, afirmou a nova dirigente do Incra-DFE ao Jornal Brasil Popular.

 

 

Para ela, “quando a política agrária e agrícola anda, gera um impacto na sociedade importante, que, inclusive, é um da prioridade do Governo Federal que é o combate à fome. A importância de você ter mais assentamentos, mais pessoas produzindo alimentos para trabalhar a garantia da segurança alimentar para o combate à fome”, destaca.

 

 

Farinha saudou o 17 de abril e afirma que as ações dos movimentos sociais, nesse dia de luta, é importante para trazer para o centro do debate a necessidade da realização da reforma agrária. “Infelizmente, ainda é muito deturpada no País e, por isso, que existe a criminalização dos movimentos sociais, do MST, dos conflitos com a FPA, a sociedade brasileira precisa compreender a função do Incra que é muito importante, que não é só na distribuição da terra, mas na ampliação do contingente de trabalhadores produzindo alimentos no país, e em relação ao cuidado com o meio ambiente, entre outras questões”.

 

 

Nas redes digitais, o Incra também apresentou a sua nova superintendente no Distrito Federal:

 

Novas nomeações e a defesa da reforma agrária

 

 

A nomeação de Cláudia Farinha pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  e de novos superintendentes do Instituto em várias regiões do País é mais uma promessa de campanha em fase de implantação e mais um dos passos do Governo Lula 3 em direção a seu projeto de política agrária e agrícola para o País.

 

 

As indicações prestigiam as atividades nacionais relacionadas ao Abril Vermelho – data que rememora o massacre de Eldorado dos Carajás, quando a Polícia Militar (PM), sob o comando do coronel Mário Colares Pantoja, assassinou 19 trabalhadores rurais sem-terra, integrantes do MST, acampados na estrada, próximo à fazenda Macaxeira. Por causa desse massacre, ocorrido durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o MST realiza o Abril Vermelho. Todo ano o movimento explica por que realiza esse evento nacional: 7 Pontos que você precisa saber sobre o “Abril Vermelho” do MST.

 

 

Além de Cláudia Farinha, o governo Lula nomeou Nelson José Grasselli para a Superintendência Regional do Rio Grande do Sul; Francisco Erivando Santos de Sousa para a Superintendência Regional do Ceará; Paulo Roberto da Silva para a Superintendência Regional de Mato Grosso do Sul; Elias D’Angelo Borges para a Superintendência Regional de Goiás; Nilton Bezerra Guedes para a Superintendência Regional do Paraná; Maria Lúcia de Pontes para a Superintendência do Rio de Janeiro; Edvânio Santos de Oliveira para a Superintendência Regional de Mato Grosso;  Lucenilson Angelo de Oliveira, Incra do Rio Grande do Norte; Márcio Rodrigo Alecio, para Incra do Acre; Dirceu Luiz Dresch , para o Incra de Santa Catarina, conforme publicado no Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (14/4).

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