A Tecnologia Social (TS) abordada neste texto está diretamente relacionada com o Objetivo 8 do ODS (https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/8), notadamente no aspecto que se refere ao empreendedorismo, criatividade e inovação no desenvolvimento das micro e pequenas empresas.
É possível destacar também que a modernização, a inovação e a diversificação, na forma de organizar suas atividades, pode colocar os pequenos negócios em uma melhor condição de competitividade com os grandes conglomerados.
A TS Central do bem: Comerciantes da periferia comprando em rede foi desenvolvida pela entidade Associação Ateliê de Ideias (http://ateliedeideias.org.br/site/ ou https://www.facebook.com/ateliedeideias.es) com seda na cidade de Vitória (ES).
O projeto, que existe deste 2012, foi implementado em um território que possui uma população de perfil socioeconômico de baixíssima renda, onde os pequenos comércios, inobstante estarem adaptados à realidade periférica local, se apresentam totalmente desestruturados, o que não permite uma rentabilidade justa para os empreendimentos e nem a geração de empregos,o que contribui para a desvalorização da comunidade.
Como consequência desta realidade os comércios formais e informais locais, acabam adquirindo seus produtos em desvantagem com mercearias e supermercados mais estruturados de fora da comunidade. Esta situação torna inevitável que pratiquem preços mais altos e ofereçam apenas uma pequena variedade de produtos para o consumidor final.
Foi considerando estes aspectos que o projeto foi pensando e implementado. A organização coletiva permitiu que a Central de Compras tivesse progressos não só econômicos, mas também políticos, sociais e culturais.
Por meio de um diagnóstico são identificadas as demandas específicas de qualificação dos empreendedores locais, avaliações sobre a qualidade dos produtos/serviços, estudo sobre o mercado local com a finalidade de identificar oportunidades, tendências e demandas para composição e adequação de seus negócios.
Entre os aspectos positivos a serem considerados neste projeto de gestão participativa pode-se citar a possibilidade de contar com um melhor suporte técnico para as negociações com os fornecedores o que tornou seus pequenos empreendimentos comerciais mais competitivos e rentáveis.
Ao estimular os moradores a comprarem nos comércios locais e identificados com o projeto, ocorre um processo natural de desenvolvimento endógeno, o que contribui para incentivar o desenvolvimento local, gerando naturalmente mais trabalho e renda para a própria comunidade.
Detalhes sobre a implantação e funcionamento do projeto podem ser acompanhados pelos seguintes endereços eletrônicos:
https://www.facebook.com/hashtag/centraldecomprasdobem
A reaplicação desta TS pode contar com o apoio do poder público, associações de bairro, incubadoras de universidades e investidores sociais privados.
(*) Por Jefferson Oliveira – Economista
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