O Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Mianmar informou que 100 mil pessoas foram deslocadas no país.
O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para os direitos humanos em Mianmar, Tom Andrews, alertou, na quarta-feira (9), para as “mortes em massa” por fome e doenças por causa da desestabilização política e econômica no país.
“Mortes em massa em razão da fome, doenças e falta de abrigo em uma escala que não víamos desde o golpe de 1º de fevereiro podem ocorrer se não houver ação imediata”, disse o relator das Nações Unidas.
“Os confrontos entre os grupos rebeldes e as forças da junta governante nas últimas semanas levaram a uma situação preocupante no estado de Kayah, perto da fronteira com a Tailândia”, disse o alto funcionário.
Mass deaths from starvation, disease and exposure could occur in Kayah State after many of the 100,000 forced to flee into forests from junta bombs are now cut off from food, water and medicine by the junta. The international community must act. My full statement below. pic.twitter.com/69fxZHRMN7
— UN Special Rapporteur Tom Andrews (@RapporteurUn) June 8, 2021
Cerca de 100 mil pessoas foram deslocadas em Kayah em razão dos recentes combates entre soldados birmaneses e milícias rebeldes, segundo informações do Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Mianmar.
Em 11 de março de 2021, o Conselho de Segurança da ONU condenou, pela primeira vez, a repressão em Mianmar contra os manifestantes que permanecem mobilizados contra a junta militar e o golpe de 1º de fevereiro.