Artigo publicado, originalmente, no site da AEPET.
Acesse: https://aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/8889-o-valor-historico-do-simbolo-petrobras-br-distribuidora
O presidente da Petrobrás não adiantou que providências jurídicas tomará para recuperar o forte sinal visual de comunicação da Petrobrás com a sociedade. Acredito que romper esse vínculo fraudulento que induz propositadamente o consumidor ao engano de ser abastecido nos postos de serviços da Petrobrás, com produtos que talvez não tenham sido produzidos por ela, deverá ser seu próximo gesto. Caso contrário, a Petrobrás será conivente com a chicana que foi estabelecida por uma desastrosa administração, ao conceder o uso de seu próprio nome.
Julgo que o atual presidente da Petrobrás não tenha conhecimento de como foi criado esse símbolo e o significado político de sua criação. Serei breve nesse registro.
Havia uma Superintendência de Distribuição, antes da BR Distribuidora, e foi solicitado e apresentado à Diretoria um planejamento para renovar a distribuição de combustíveis no país, sob o aspecto de arquitetura, imagem e serviços. Para a criação do símbolo BR, o respeitável intelectual e designer, Aloisio Magalhães, aceitou o desafio e em paralelo foi formado um grupo também de artistas e convictos nacionalistas para adornar a imagem criada – BR Petrobras Distribuidora:
Ziraldo, criador da primeira folhinha para ser distribuída aos caminhoneiros;
Decio Pignatari, poeta concretista, criador da palavra LUBRAX;
Djanira, pintora de renome internacional, criou a agenda BR para ser distribuída aos consumidores nos postos de serviço;
Henfil, projeto de cartilha para os frentistas sobre limpeza, educação e apresentação;
Dilson Pereira projetou uma nova arquitetura para os postos e foi prêmio na Alemanha com a arquitetura dos Posto da Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro.
Com o nome Petrobrás à frente, foi possível estabelecer acordos com vários governos estaduais para a implantação dos postos de serviço.
O Aterro do Flamengo, com os Jardins de Roberto Burler Marx; a orla da praia de Copacabana; a Lagoa Rodrigo de Freitas, locais nobres da cidade que acolheram o nome Petrobrás.
O mesmo ocorreu em São Paulo, em Maceió, em outros estados e ao longo da Transamazônica.
O símbolo BR está fixado na entrada da sede da Petrobrás, na Avenida Chile e foi incorporado em suas cores nas instalações da Petrobrás. Um grupo de Víboras do mercado financeiro criou a empresa Vibra e apossou-se do patrimônio, criado por convictos petroleiros em defesa da Petrobrás e em acirrada luta com as multinacionais.
A Petrobrás não deve continuar a ser conivente com essa farsa junto à população que está sendo enganada.
(*) Por Sylvio Massa de Campos, ex-superintendente Geral de Distribuição e ex-diretor da BR Distribuidora
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