A insolência e o atrevimento do embaixador Daniel Zonshine, ao chegar em companhia de Bolsonaro a uma sala da Câmara dos Deputados para uma reunião com parlamentares de extrema-direita na qual apresentaria videos e fotos do ataque do Hamas ao território israelense. Foi uma demonstração de que, de fato, ele não se comporta como embaixador de Israel, o país, a república, e sim como um agente provocador a serviço pessoal de Benjamin Nwranyahu, que yambém se comporta não do primeiro-ministro de seupaís,mas como uma espécie de Bolsonaro ou Trump do Oriente Médio.
Não se poderia querer que ele apresentasse também o outro lado do conflito, com imagens das represálias israelenses na Faixa de Gaza, mas a maneira adequada de fazer esse trabalho de, para ele, meras relações públicas, seria reunir os deputados na ebaixadae sem a presença de Bolsonaro. Mas ele deve ter recebido instruções de Netanyahu, talvez por sugestão do internacional filho 03. O deputado Eduardo, e aproveitou a guerra para empurrar Bolsonaro e obolsonarismo na campanha de opinião pública em favor de Netanyahu e contra as posições do governo Lula em favor de um cessar-fogo e contra a mortandade na Gaixa de Gaza.
O embaixador e Bolsonaro agiram provocativamente, sabendo que a Justiça brasileira não teria como punir Bolsonaro e que o governo brasileiro não poderia expulsar ou ao menos advertir o embaixador, enquanto 34 brasileiros continuassem impedidos de sair da Faixa de Gaza, tão reféns agora quanto os civis israelentes sequestrados pelo Hamas.
O embaixador aproveitou também essa impunidade para se intrometer no caso dos dois brasileiros-libaneses presos pela policia Federal sob a acusação de terem acertado com o Hezbolaha realização deatentados antissemitas no Brasil. Um desses presos parece ter confessado que deveria estar disposto até a sequestra e matar. Segundo o embaixador, em entrevista ao Globo, o Hezbolah escolheu o Brasil para tais atentados por existir aqui “gente disposta a ajudar”.
Gente disposta a ajudar aventuras como essa existe no mundo inteiro, mas no Brasil dos íltimos anos só houve no Brasil aventuras de direita como a tentativa de explodir o aeroporto de Brasília, inspirada por Bolsonaro, não pela esquerda. No Brasil seria fácil encontrar gente capaz de ajudar a realização de atentados antipalestinos, não a de atentados pró-palestinos.
Nem isso, porém, aconteceu. Em um mês de guerra, já houve mais de mil atos antissemitas na civilizadíssima França. No Brasil, nem agressões contra Israel nem contra os palestinos que merecessem registro na mídia.
O que não está sendo levado em conta nas estimativas do embaixador ou do Hezbollah, se não se acabar descobrindo que seu complô não passou de montagem e fake news, é que o Brasil dispões de pelo menos dois grandes centros de convivência não só pacífica, mas também amistosa e até fraternal , entre árabes e judeus, que desmentem cabalmente atese segundo a qual os dois povos não se suportam: os centros comerciais da rua 25 de Março, em SãoPaulo. e o Saara (rua da Alfândega), no Rio..
O embaixador devia visitá-los.
(*) Por José Augusto Ribeiro – jornalista e escritor. Publicou a trilogia A Era Vargas (2001); De Tiradentes a Tancredo, uma história das Constituições do Brasil (1987); Nossos Direitos na Nova Constituição (1988); e Curitiba, a Revolução Ecológica (1993); A História da Petrobrás (2023). Em 1979, realizou, com Neila Tavares, o curta-metragem Agosto 24, sobre a morte do presidente Vargas.
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