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O mundo mudou, começa nova guerra fria

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O expansionismo da OTAN em direção às fronteiras da Rússia e o basta dado por Putin por meio de sua intervenção militar na Ucrânia, teve como resposta do governo Biden a guerra econômica e a recusa de buscar a paz através da negociação de um novo sistema de defesa na Europa.
Essa postura inflexível do governo Biden, que não aceita a mínima quebra da hegemonia internacional do Império americano, que por sinal já ocorreu com o “basta” russo, é o que está levando o mundo a uma segunda Guerra Fria, embora ainda não suficientemente definida nem consolidada. A tendência em direção ao um mundo multipolar continua a operar por trás da guerra e na base desse engessamento das relações internacionais.
Em consequência disso mudaram as condições externas da luta liderada por Lula contra o governo fascista de Bolsonaro. A Guerra Fria de Biden empurrou os fatores externos positivos para segundo plano para priorizar de forma totalizante a política de isolamento absoluto da Rússia e da China e o controle da produção e das fontes de energia e petróleo.
No entanto, os efeitos bumerangues das sanções contra a Rússia vão reduzir o apoio interno a Biden e aumentar a força eleitoral do trumpismo, que simpatiza com Bolsonaro.
Desse modo, a evolução da política interna americana se tornou complexa demais o que dificulta, mas não impede totalmente, a abertura de novas brechas para o nosso diálogo. De um lado, temos a extrema-direita com Trump e, de outro, a nova Guerra Fria de Biden que certamente vai tentar blocar toda a América Latina e o Brasil na sua chamada área de influência direta – mais conhecida como “quintal americano”.
A convocação do comandante do Exército brasileiro para Washington tem a ver com essa nova Guerra Fria e certamente visa o enquadramento do Brasil ao bloco liderado pelos EUA contra a Rússia e a China. Muito provavelmente veremos o slogan vazio de “Mundo Livre” ser tirado do fundo do baú pelos governos e meios de comunicação do Ocidente.
Nessa situação internacional de guerra e ainda bastante indefinida, é essencial a tanto a liderança popular de Lula quanto a sua grande capacidade de fazer alianças com o centro e setores conservadores para manter forte a frente antifascista contra Bolsonaro. Ao mesmo tempo é tão essencial quanto usar o seu prestígio internacional para negociar nesse mundo que se tornou minado, o reconhecimento de sua política democrática e antifascista e de seu provável governo.
Nesse sentido foi muito importante Lula e o PT se posicionarem de forma neutra, ainda que defendendo uma paz amplamente negociada, pois isso ajuda a evitar a contaminação da nossa campanha eleitoral pela Guerra Fria de Biden.
Definitivamente, o mundo mudou, e como em poucos momentos da nossa história, novamente as condições externas exercem influência decisiva nas condições internas de nossa luta.
(*) Por Val Carvalho – escritor e militante de esquerda



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