O programa Tecendo o Amanhã, desta terça-feira (16), entrevistou Geraldo Lucchese, doutor em saúde pública e membro da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), e o jornalistsa César Fonseca, jornalista especializado em economia, do site Independência Sul Americana e colaborador do Jornal Brasil Popular, sobre mais uma troca de Ministro da Saúde no Brasil. Desde que a pandemia do novo coronavírus começou, o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) trocou de ministro quatro vezes.
Nesta segunda-feira (15), ele nomeou Marcelo Queiroga, um médico bolsonarista, para o lugar do general Eduardo Pazzuelo por pressão do centrão, no Congresso Nacional. Mas, como diz o título do programa, “o ministro da Saúde é Bolsonaro”.
“Ele não dá nenhuma margem para a independência técnica e muito menos para uma avaliação sanitária, científica, criada pela pandemia do novo coronavírus que, no fim desta terça-feira (16), ultrapassou as 280 mil mortes, 11 milhões de casos, em apenas 12 meses. E, nas últimas 24 horas, 2.798 pessoas morreram de Covid-19 no Brasil”, afirma o jornalista e apresentador do programa, Beto Almeida.
Na avaliação de Almeida, as expectativas são muito negativas e são motivo de muita apreensão e cuidados. As chamadas medidas preventivas devem ser total. Hoje, que se tem início do pagamento de uma migalha, que é o auxílio emergencial, quando para os bancos foi todo o grosso dos recursos financeiros do Estado brasileiros: R$ 2,8 trilhões foram dados aos bancos durante a pandemia.
“Ou seja, por que os bancos têm de ter essa dinheirama toda durante a pandemia? Isso ajuda a iluminar, estamos passando por um momento em que se aproveita de uma desgraça, uma tragédia, como é essa pandemia, para fazer acúmulo de capital e de privilégios, por meio da PEC 186/2019, que foi aprovada no Congresso Nacional e transformada em Emenda Constitucional nº 109/2021”, afirma.
Com a EC 109/2021, o governo Bolsonaro pode congelar salários de servidores públicos, impedir concursos, colocar um gatilho em favor dos bancos para transferir mais dinheiro para os bancos, quando, na realidade, bastava que se fizesse uma simples medida para destinar recursos financeiros para o auxílio emergencial sem nenhuma relação com o desmonte do Estado.
Já há uma lei da calamidade pública aprovada e não precisa fazer uma PEC dessa natureza e com essa gravidade de ataques ao Estado nacional para conceder o auxílio emergencial a milhões de brasileiros que irão receber pouco mais de R$ 150 reais para sobreviver numa País com inflação galopante de tudo, principalmente da cesta básica, que já ultrapassa os R$ 800 e o botijão de gás, que ultrapassa R$ 100 o botijão de 13 kg. As famílias mais pobres estão cozinhando a lenha quando tem acesso à comida.
Para Beto Almeida, o que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, fizeram foi uma farsa, um truque criminoso. Confira nesta edição do Tecendo o amanhã a análise da situação com a participação do doutor Geraldo Lucchese, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), uma entidade que tem apresentado, desde o primeiro momento, uma série de alertas, projetos, programas alternativos e outras iniciativas e tem feito a fiscalização e acompanhamento de todos os atos do governo, incluindo aí as omissões.
Tecendo o Amanhã é uma parceria dos canais comunitários do Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife e Curitiba.
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