O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, está, claramente, esvaziando o poder executivo, destruído pelo bolsonarismo neoliberal, para tentar fortalecer o legislativo sob seu comando para dar as cartas na Petrobrás, assaltada pela privataria, ideal tucano, agora, em fase de aceleração; Bolsonaro, mais perdido que cego em tiroteio, diante das pesquisas eleitorais, amplamente, favoráveis a Lula, busca recuperar terreno; que fazer diante da política antinacionalista de preços colocada em prática pelos ultraneoliberais que deram o golpe em 2016, para tirar Dilma Rousseff do páreo por impeachment sem crime de responsabilidade para caracterizá-lo.
Está sendo um desastre a dolarização dos preços, acelerada pela guerra na Ucrânia, enquanto, em todo o mundo, governos desesperados voltam-se ao nacionalismo e protecionismo; a direita e a esquerda ganharam eleições parlamentares, na França, semana passada, contra neoliberalismo de Macron; tentam enterrar o modelo neoliberal, que, somente, favorece o mercado financeiro especulativo incontrolável; a financeirização da economia elimina o poder de compra dos salários, como está ocorrendo na maior potência econômica do planeta, nos Estados Unidos, que precisam elevar, desproporcionamente, a taxa de juros, de modo a conseguir colocar títulos do governo a fim de enxugar liquidez em dólar que sinaliza hiperinflação; no Brasil, mesma coisa, a taxa de juros, acompanhando os americanos, alcançou 13,5% e pode subir ainda mais, acelerando o ultraneoliberalismo bombeador de inflação incontrolável.
Diante dessa causa essencial, que abate o capitalismo neoliberal, as consequências, no Brasil, cujo governo teima em medidas neoliberais radicais, indo na contramão do mundo, são aumentos incontroláveis dos preços dos derivados do petróleo, diante da política bolsonarista completamente louca que elimina poder de compra dos salários; diante desse quadro, o presidente da Câmara percebe que Bolsonaro perdeu o controle do governo centralizado no presidencialismo falido; tenta arregimentar o Congresso para um parlamentarismo de ocasião tocado por medidas provisórias; ambos, Lira e Bolsonaro batem cabeça; estão confusos quanto ao que fazer, pois não enxergam eficácia em suas estratégias, assentadas na tentativa de culpar a Petrobrás pela dolarização de preços, quando, na verdade, esse é o resultado da privataria da estatal, que perdeu capacidade de puxar demanda global dos investimentos, levando para frente o setor privado; sem o Estado, como puxar a demanda, se os preços afogam salários e consumidores, estabelecendo subconsumismo inflacionário?
Como Lira sabe que dificilmente a estratégia de elevação constante de preços dos combustíveis ganhará eleição, como comprovam as pesquisas que bombeiam Lula em sentido contrário, ele, no desespero, chama a responsabilidade para o Congresso tentar resolver a parada; esvaziar Bolsonaro, sem gás para tocar a governabilidade, pois sua prioridade passa a ser dar golpe em cima do STF e do TSE, culpando-os antecipadamente para possibilidade de serem culpados pela sua derrota eleitoral, passa a ser prioridade do parlamentarismo ensaiado por Lira; o titular da Câmara, líder do Centrão, com propensão para baixar medidas provisórias, tirando, na prática, essa prerrogativa do executivo, vira o novo poder, na tentativa de mudar o jogo contra Bolsonaro; Lula sai favorecido pela confusão total que tomou conta do executivo; ora, o Congresso, que aprovou a legislação que viabilizou dolarização de preços dos derivados do petróleo, quer fugir da sua responsabilidade, o mais urgente; a tentativa de Bolsonaro de criar CPI para investigar a Petrobrás pode acabar virando contra ele pois ocorrerá uma investigação sobre porque a situação desembocou nesse estágio de caos comandado por ele próprio; Lula, nesse cenário, joga parado, pois a bola chega aos seus pés por gravidade, para faturar goleada, quando mais a inflação dispara; a pregação do ex-presidente tocada pelo slogan de que a Petrobrás em Nossa, sobrepondo-se ao Petróleo é Nosso é o novo impulso eleitoral que pode ficar irresistível, enquanto os resultados da estratégia de Lira e do Centrão, diante de Bolsonaro perdido, não se efetivarem.
(*) Por César Fonseca, jornalista, atua no programa Tecendo o Amanhã, da TV Comunitária do Rio e edita o site Independência Sul Americana
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