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O caso do Almirante Garnier e o discurso de Lula na ONU

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A rapidez com que os Comandantes do Exército, General Tomás Paiva, e da Marinha, Almirante Marcus Olsen, reagiram ao envolvimento do também Almirante Almir Garnier, ex-Comandante da Marunha na combinação golpista engendrada por Bolsonaro conferiu credibilidade à notícia-bomba publicada por jornalistas de O Globo e do UOL, impediu que Bolsonaro e Garnier desqualificassem a notícia como fakenews plantada para incriminá-los e impôs a ambos explicações imediatas.

 

Os advogados de Bolsonaro responderam na hora com uma nota escrita afirmando que ele sempre “jogou dentro das quatro linhas da lei” e não compactuou com nada fora dessas quatro linhas tão imprecisas quanto metafóricas. Já o Almirante Garnier, contra o qual antes nada se tinha alegado, deixou passar as horas sem qualquer pronunciamento e com isso atraiu para ele mesmo uma notoriedade que vai prejudicá-lo ainda mais.

 

O pronunciamento do General Paiva em nome do Exército, por exemplo, foi pesado em cima de Garnier:

 

A Marinha embarcou? Não. E que tropas ele (Garnier) tinha para essa aventura maluca? 

 

O General Paiva também admitiu estar ansioso para “virar essa página” e ver as investigações concluídas e as decisões judiciais tomadas, a fim de afastar a percepção de que as Forças Armadas estariam envolvidas em tentativas de golpe.

 

A rigor as revelações atribuídas a Mauro Cid pouco acrescentam ao passivo criminal que já pesa sobre Bolsonaro, mas levaram um jornal como O Globo, na coluna de seu principal jornalista político, Merval Pereira, a pedir a prisão imediata de Bolsonaro. Isso, entretanto, parece longe das cogitações do Ministro Alexandre de Moraes e do Supremo, empenhados em não entregar-se às mesmas práticas da Lava Jato.

 

O barulho dos últimos dias pode ter servido para desmascarar e desgastar a extrema-direita, mas também para alimentar no núcleo duro do bolsonarismo irredutível a cantilena da perseguição política e religiosa. E também para fazer cessar as repercussões da passagem de Lula pela ONU.

 

No Brasil, o discurso de Lula teve mais repercussão nas redes sociais pela contrariedade com que foi ouvido por Zelenski, o Presidente da Ucrânia, mas fora do Brasil o que prevaleceu foi sua veemente denúncia da situação econômica e social do mundo:

 

O neoliberalismo agravou as desigualdades econômica e política que hoje assolam as democracias. Seu legado é uma massa de excluídos. Em meio a seus escombros, surgem aventureiros de extrema direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas. Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário. 

 

No dia seguinte, Lula esteve com o Presidente Biden e nesse encontro os dois assinaram uma declaração conjunta em defesa dos sindicatos e das leis de proteção ao trabalho – defesa absolutamente excepcional sob o império do neoliberalismo.

 

— Hoje – dizia a declaração – os Estados Unidos e o Brasil anunciam o lançamento da nossa iniciativa global conjunta para elevar o papel central e crítico que os trabalhadores e trabalhadoras desempenham num mundo sustentável, democrático, equitativo e pacífico. Já compartilhamos a compreensão e o compromisso de abordar questões críticas de desigualdade econômica. 

 

Pouco antes o banco suíço UBS tinha publicado um relatório sobre a concentração de renda no mundo, mostrando o Brasil como o campeão absoluto desse vergonhoso campeonato.

 

De acordo com esse relatório, Global Wealth Report 2023, quase metade da riqueza do Brasil, 48,4%, está nas mãos de apenas 1% da população, contra 41% na Índia, 34,3% nos Estados Unidos, 31,1% na China  e 30%) na Alemanha. 

 

Outra informação do relatório: o número de milionários em todo o mundo diminuiu 3,5 milhões em 2022, para 59,4 milhões. O Brasil, porém, foi na direção contrária, com 120 mil novos milionários no período. 

 

(*) Por José Augusto Ribeiro – jornalista e escritor. Publicou a trilogia A Era Vargas (2001); De Tiradentes a Tancredo, uma história das Constituições do Brasil (1987); Nossos Direitos na Nova Constituição (1988); e Curitiba, a Revolução Ecológica (1993); A História da Petrobrás (2023). Em 1979, realizou, com Neila Tavares, o curta-metragem Agosto 24, sobre a morte do presidente Vargas.




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