Ficamos indignados com o comportamento dos políticos, principalmente dos parlamentares (deputados e senadores). A maioria das decisões passa longe dos interesses da sociedade, principalmente das camadas mais carentes. Condena-se a corrupção, atos que subtraem ou redirecionam os recursos públicos para interesses particulares ou de grupos. Sequer tangenciam às demandas da população.
É fato que o Centrão é um grupo de deputados e senadores, grande parte suspeita de atitudes nada republicanas. Eles foram guindados à condição de legisladores por nós, eleitores. Elegemos, inclusive, alguns denunciados por atos previstos e puníveis pela legislação penal.
Nos últimos dois anos, vimos o Centrão no comando do país, por meio de orçamentos secretos, emendas do relator. Volumes absurdos do Orçamento da União foram rateados entre os parlamentares sem que a sociedade saiba qual é a sua real destinação. Em média, nos últimos quatro anos, o patrimônio dos parlamentares cresceu R$ 600 mil, segundo levantamento do jornal O Globo, com base nas declarações de bens enviadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos candidatos à reeleição neste ano.
Mas o Orçamento, dividido entre secreto e público, não consegue atender às necessidades da população. Assim, são cortadas verbas para educação, para farmácia popular, o que compromete a oferta de medicamentos para os diabéticos, hipertensos, asmáticos e a quem tem outras doenças crônicas. O Sistema Único de Saúde (SUS) é subfinanciado, como bem ressaltou a crise sanitária da covid-19, e explica as mortes que ocorrem nas filas dos hospitais, desprovidos de equipamentos, remédios, insumos e equipes de profissionais suficientes para o atendimento adequado à população.
Escolas não têm edificações nem equipamentos para elevar a qualidade do ensino — realidade inquestionável e também mostrada durante a pandemia do novo coronavírus. Professores, indispensáveis à formação da atual e das futuras gerações, compõem a categoria com uma remuneração vergonhosa. O piso salarial dos profissionais é de R$ 3.845, para uma jornada de 40 horas/semanais.
Embora o presidente da República, em discurso na Cúpula das Américas, em junho último, tenha garantido que o Brasil “garante a segurança alimentar do mundo”, 33,1 milhões de brasileiros passam fome no país e cerca de 100 milhões, quando acordam, não sabem se terão o que comer ao longo do dia. Falta-nos política pública para mitigar essa tragédia humana.
A poucos dias das eleições, as sondagens de opinião pública revelam que a maioria dos brasileiros não sabe em quem votará no próximo 2 de outubro nem se lembra de quem ajudou a eleger em 2018. Quem se recorda do deputado ou do senador, ao longo de quatro anos, não se deu ao trabalho de avaliar a atuação do eleito. Ainda há os que “odeiam política e os políticos”, mas reclamam que a vida não melhora e que os parlamentares nada fazem em benefício do povo.
Precisamos conhecer a história dos candidatos e votar com consciência. Se queremos mudança, ela começa pelo nosso comportamento ante o cenário político. Se achamos que as mazelas sociais e econômicas precisam ser corrigidas para que haja menos fome, mais saúde, educação e menos desigualdades e injustiças, eis o momento de refletir seriamente sobre quem merece o nosso voto. A mudança é a gente que faz. Pense nisso.
(*) Por Rosane Garcia, jornalista, para o Jornal Brasil Popular
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Rosane Garcia se formou em jornalismo em 1981, pelo UniCeub. Fez estágio no Correio Braziliense, onde trabalhou, como repórter até 1986. Em seguida, foi para a Folha de S.Paulo, seguiu para a sucursal do jornal Zero Hora, passou pelo O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil.
Ao longo da carreira se dedicou às causas sociais, com foco nas questões indígenas e no movimento dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Hoje, é subeditora de Opinião do Correio Braziliense.
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