Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizaram protesto em frente ao prédio do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, nesta sexta-feira (25). A ação denuncia a existência de um gabinete paralelo na pasta, formado por pastores ligados ao ministro Milton Ribeiro e ao presidente Jair Bolsonaro. Em nota, o MST afirma que o caso, que ficou conhecido como “Bolsolão do MEC”, evidencia como a pasta se tornou um “balcão de negócios” voltado a atender os interesses escusos de grupos ligados ao governo.
Com os corpos pintados, e carregando um bezerro de ouro, que faz menção a uma passagem bíblica, os manifestantes gritaram palavras de ordem e cantaram para denunciar o escândalo: “Ei, você aí, me dá propina aí, um quilo de ouro aí”.
A alusão ao metal precioso faz referência ao relato de um dos prefeitos que denunciaram o esquema de propina comandado pelos pastores. Em um dos relatos, o prefeito de Luis Domingues (MA), Gilberto Braga, contou que lhe pediram um quilo de ouro em troca da liberação de recursos do ministério. Segundo ele, o pedido veio do pastor Arilton Moura, que atuava em parceria com o também pastor Gilmar Santos.
Para a dirigente nacional do setor de Educação do MST, Luana Pommé, “a corrupção no governo Bolsonaro se apresenta em todas as formas possíveis”. Além dos pedidos de propina para a liberação de verbas, ela cita o “desvio de finalidade da política educacional”.
Políticas públicas derretem
Ao mesmo tempo, enquanto o pastor é flagrado pedindo propina em ouro, as políticas educacionais se desmancham, denuncia o MST. Nesse sentido, o movimento destaca que a Educação é uma das pastas que mais sofreram cortes nos últimos anos.
“Diversas políticas da educação pública estão sendo desmontadas, como é, por exemplo, o caso do Programa Nacional de Educação da Reforma Agrária (Pronera). Há dois anos o governo Bolsonaro extinguiu a Coordenação-Geral de Educação do Campo e Cidadania, responsável pela gestão do Pronera”, acusa o MST. O fim do programa, segundo o movimento, afetou milhares de estudantes das zonas rurais.
Escândalo se multiplica
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, 10 prefeitos já denunciaram o esquema de propina comandado por pastores no ministério. O prefeito de Bonfinópolis (GO), Kelton Pinheiro (Cidadania), disse que chegou a receber uma oferta de desconto no valor da propina. “(Arilton) falou: ‘vou lhe fazer por R$ 15 mil porque você foi indicado pelo pastor Gilmar, que é meu amigo. Pros outros aqui, o que eu estou cobrando aqui é R$ 30 mil’.” Além disso, o valor da contrapartida também incluía compra de bíblias patrocinadas pelo pastor.
O prefeito de Boa Esperança do Sul (SP), José Manoel de Souza (PP), que também relatou pedido de propina de Arilton. “Ele disse: Eu falo lá (no ministério). Já faz um ofício, mas você tem que fazer um depósito de R$ 40 mil para ajudar a igreja.”
Após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou abertura de inquérito contra Ribeiro. Ela também deu prazo de 15 dias para a PRG informar se Bolsonaro também será alvo da investigação. Isso porque Ribeiro afirma que o atendimento preferencial às demandas dos pastores se tratava de uma orientação do próprio presidente.
“Minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam. Em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, disse o ministro, em áudio divulgado pela Folha de S.Paulo no início da semana. “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do (pastor) Gilmar”, acrescentou Ribeiro.
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