Na última terça-feira (3), ocorreu a estreia no Theatro Municipal de São Paulo da ópera “Café”, de Felipe Senna, criada a partir do libreto de Mário de Andrade, publicado em 1942. A obra que recebeu uma adaptação contemporânea dirigida pelo dramaturgo Sérgio de Carvalho, contou com a participação do MST, Juçara Marçal, Negro Leo, Carlos Francisco, entre outros artistas, que foram aplaudidos(as) de pé pelo público espectador.
Em cena, é narrado ao longo da ópera os contornos da crise de 1929, conhecida como a primeira grande depressão capitalista, que afetou o país fortemente a partir de sua dependência econômica agroexportadora da cultura do café. A dramaturgia perpassa um crítico momento da história, onde as famílias camponesas expulsas do campo protagonizam uma revolução popular.
Depois da experiência de Hans-Joachim Koellreutter nos anos 1990, esta é a segunda montagem contemporânea da ópera, que busca na cultura popular brasileira elementos rítmicos que atualizam o conceito clássico do que se conhece como ópera, manifestadas a partir das sonoridades do jongo, choro e samba, que integram parte da composição.
Para Douglas Estevam, do setor de Cultura do MST, a estreia da obra contando com a participação do Movimento expressa um marco na história do Theatro Municipal de São Paulo, que tradicionalmente simboliza um espaço dedicado à elite. E causa um certo estranhamento do público de modo geral, ao ver nos palcos de um dos teatros mais importantes do Brasil, a classe camponesa Sem Terra se auto representando em um teatro que todavia foi ocupado pela burguesia urbana.
Convidado para integrar a obra, Negro Leo comenta sobre sua participação, onde há uma quadrangulação em que ele, Juçara Marçal e Carlos Francisco entram em cena junto ao Movimento. “Então, assim, não é uma cena onde eu estou sozinho, eu preciso da força do movimento. E ter o MST na ópera Café, onde você tem no Brasil um modelo monocultor, enquanto o Movimento apontando para o outro lado, eu acho que foi uma grande sacada do Sérgio [de Carvalho].”
A obra conta também com a participação da Orquestra Sinfônica Municipal, do Coral Paulistano, Balé da Cidade de São Paulo e de artistas circenses. A exibição da ópera Café integra as celebrações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, e acontece em curta temporada, até o próximo dia 8 de maio. Os ingressos para os dias 7 e 8 já estão esgotados, somente os dias 4 e 6 ainda contam com poucos lugares disponíveis para reservas no site do teatro.
(*) Por Lays Furtado da Página do MST
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