A cidade de Formosa assiste a um verdadeiro impasse a respeito da revitalização da praça Nossa Senhora da Conceição, também chamada de Praça da Catedral, localizada no centro da cidade. A diocese local pretende cortar as árvores existentes no local, e até já obteve uma decisão judicial favorável. O conselho municipal do meio ambiente também deu o aval para a retirada das espécies.
No entanto, o Movimento Árvores de Pé, tem apresentado várias razões para evitar que a obra seja realizada no centro de Formosa. Uma de suas ativistas, Ieda Villas Bôas, usou a tribuna popular da Câmara para sensibilizar vereadores e demais autoridades sobre os prejuízos possíveis decorrentes da referida revitalização. Pediu, até mesmo, que a praça original seja objeto de tombamento municipal, incluindo as árvores.
Um dos argumentos do Movimento Árvores de Pé é que “as árvores Mongubas estão saudáveis e lindas, aguentando o sol estorricante de nosso cerrado e nos devolvendo sombra e ar puro e fresco. As canafístulas são árvores caducifólias, perdem as folhas no período de seca para depois, retornarem com folhas e flores, estão sadias também”.
Por outro lado, em nota informativa assinada pelo padre João Manoel Lopes, pároco da Catedral e ecônomo da Mitra Diocesana de Formosa, o projeto de revitalização da praça prevê a extração de algumas árvores e o plantio de outros. A retirada, de acordo com a Igreja, é proposta com base em um laudo emitido pela Defesa Civil e pela Companhia Independente Bombeiro Militar de Formosa, em que “constatou-se a presença de lesões nos troncos, galhos mortos, além de pragas e organismos potencialmente danosos que podem ocasionar a queda dessas árvores (como já ocorreu), bem como a ocorrência de choque mecânico, visto que elas estão muito próximas da rede elétrica. Como consequência disso, estes espécimes oferecem grave risco a toda comunidade que frequenta o local, justificando, portanto, a necessidade de extraí-las.”.
A Igreja ainda alega que “assume o compromisso de promover a reposição das árvores que serão cortadas no espaço da praça e em diversos outros lugares da cidade, não restando, portanto, prejuízo para o meio ambiente”. Ainda de acordo com a nota da catedral, “Existe a necessidade de revitalização da Praça da Catedral para melhor acolher a todas as pessoas. Neste momento, no entanto, estamos pedindo de imediato a extração apenas dos espécimes que oferecem risco à população com a chegada iminente do período chuvoso.”.
Mas o Movimento Árvores de Pé faz críticas ao projeto de revitalização da Praça da Catedral, considera o projeto “ridículo”, não só por não aproveitar as árvores existentes no local, como também por não prever o uso de materiais ecológicos.
O Ministério Público de Formosa também recomendou à Igreja que o inicio das intervenções na praça aguarde a realização de uma audiência pública, a fim de ouvir os dois lados e “encontrar uma terceira via que satisfaça a contento tanto o interesse ambiental quanto a necessidade de evitar acidentes”.
Não derrubem as árvores sãs em nome do templo.
É preciso salientar tb que a praça trata-se de um patrimônio público (não pertence ao clero) e é calçada com pedras de Pirenópolis-GO de uma jazida já extinta (patrimônio cultural); o que coloca ainda mais em evidência a necessidade de tombamento da mesma incluindo as árvores (patrimônio ambiental) ali existentes.
Sou natural de Formosa e concordo com o movimento Árvores de Pé. Acho um absurdo cortar 24 árvores com 69 anos e que podem viver mais 80. Temos documentos de que elas estão saudáveis. Qualquer projeto de revitalização deveria antes e acima de tudo, incluí-las. É um bosque urbano no coração da cidade. Elas são essenciais ao nosso meio ambiente, já tão comprometido.
O projeto não é de revitalização e sim de uma mudança radical na arquitetura!
Não concordo com a mudança e nem com a derrubada das árvores!
Sou morador desta praça desde minha infância e vi o plantio de todas.
Querem plantas ornanentais e peças caras, para subjulgar as pessoas de baixo nível econômico e ter o caminha, para mais uma vez roubarem dinheiro do POVO!!!! 🤬
As árvores estão completando o ciclo de dormência periódica. As espécies canafístulas estão revitalizando toda sua parte vegetativa, deveriam ter sido feitas as podas de formação e manutenção. Estão muito bonitas, não há possibilidade de acidentes como afirma a diocese. São sim, necessários de combates as pragas e doenças, devidamente assistidas por um agrônomo ou engenheiro florestal gabaritado. Se Deus quiser, vamos ver nossas árvores em pé. Prof Caldeira.