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Monica de Bolle: “diretoria do BC é formada por pessoas do sistema financeiro” (vídeo)

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Segundo a economista, a influência do mercado financeiro no Banco Central vem desde o governo Temer, por isso a manutenção elevada da taxa de juros

 

 Em entrevista à TV 247, a economista Monica de Bolle, senior fellow do Peterson Institute for International Economics, falou sobre a disputa entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em torno das taxas de juros e seus reflexos sobre a atividade econômica.

 

 

Segundo ela, depois do governo da presidenta Dilma Rousseff, o perfil da diretoria do Banco Central mudou completamente.

 

 

“Em vez de termos uma diretoria composta por funcionários da casa e por pessoas que vinham de fora, eventualmente da academia, passamos a ter uma diretoria que era marcadamente formada por pessoas com passagem, ainda que fosse acadêmica, muito relevante pelo mercado financeiro. Então, a influência do mercado financeiro no Banco Central vem desde o governo Temer e se agravou até chegarmos no momento em que boa parte da diretoria do banco é formada por pessoas vindas do sistema financeiro”, afirmou a economista.

 

 

Monica enfatiza que a afirmação do presidente do BV, Campos Neto, de que todas as decisões do banco “são unânimes” evidenciam que “as divergências não existem no BC brasileiro e isso constitui um problema”.

 

“Não é nada óbvio o que está acontecendo na economia brasileira. Não dá para afirmar que a taxa de juros deveria estar nesse nível. Deveria ter um debate dentro do próprio BC, possivelmente com divergência a respeito da direção das taxas de juros”, frisou.

 

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