Metroviários de SP anunciam catraca livre durante greve por pagamento de salário
por Mídia Ninja em
Categoria cobra pagamento de abono salarial da estatal comandada por Tarcísio de Freitas, do Partido Republicanos
A direção do Metrô de São Paulo decidiu aceitar a proposta dos trabalhadores em greve para liberar as catracas em todas as estações.
Apesar do acordo, ainda não há previsão de quando todas elas serão reabertas.
O Sindicato dos Metroviários tinha proposto a liberação das catracas como alternativa, antes mesmo do início da greve, para evitar que os passageiros fossem atingidos.
“A medida, entretanto, só foi aceita pelo governo após o caos enfrentado pelos usuários do tranporte nas primeiras horas da manhã”, disse o sindicato em nota pública.
A paralisação nas estações começou na madrugada desta quinta, inicialmente nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata.
As linhas 4- Amarela e 5-Lilás do metrô funcionam normalmente, com muitas filas.
As linhas afetadas atendem 90% dos 2,8 milhões de passageiros transportados por dia por todo o metrô de São Paulo.
Reinvidicações
O Sindicato dos Metroviários cobra do Metrô, que pertence à estatal Companhia do Metropolitano de São Paulo, o pagamento do abono salarial, a revogação de demissões por aposentadoria e novas contratações.
Em nota enviada à imprensa, o Metrô informou que a situação econômica da estatal “não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento”. Diz também que “não há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa”.
Como apurou a jornalista Caroline Oliveira, do Brasil de Fato, a justificativa contrasta com os subsídios pagos pelo estado de São Paulo às concessionárias que operam outras linhas, como a ViaQuatro, responsável pela linha amarela do metrô. Desde o dia 1º de fevereiro, o subsídio pago em relação aos passageiros exclusivos é de R$ 6,3229. Já em relação aos passageiros integrados, o valor é de R$ 3,1615.
A quantia significa R$ 1,92 acima do valor atual da tarifa pública, que é de R$ 4,40. Isso é possível porque o contrato entre a concessionária e o estado prevê reajuste anual do subsídio, que vem sendo superiores à inflação. Entre 2017 e 2021, a inflação registrada foi de cerca de 16%. A tarifa de remuneração da ViaQuatro, no entanto, foi de 30% nesse período.
Além disso, a concessionária tem prioridade no dia do recebimento dos valores, que saem de uma conta chamada Câmara de Compensação. Para esta conta vai a arrecadação de tarifas feita pelo Metrô, pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), pela ViaQuatro e pela ViaMobilidade.
Logo depois da ViaQuatro, a Via Mobilidade – que pertence ao mesmo grupo empresarial, a CCR –, recebe os valores. CPTM e Metrô estatal são os últimos a receberem.
Isso gera o seguinte quadro: em cinco anos, o lucro da ViaQuatro aumentou cerca de 45%, saindo de R$ 375 milhões, em 2015, para R$ 545 milhões, em 2019. O número de passageiros, entretanto, cresceu somente 16,5% no mesmo período. Por outro lado, entre 2011 e 2015, o governo de Geraldo Alckmin deixou de repassar R$ 1,1 bilhão ao Metrô estatal, operado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (CMSP).
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