O Maranhão vive um paradoxo no que se refere ao combate à Covid-19. A pandemia segue sob controle, a evolução em termos de número de óbitos pela doença é uma das mais baixas do Brasil e a percentagem de mortes sobre o número de infectados se mantém em torno de 2,22 por cento há meses, mas o número de casos ativos vem subindo de forma consistente.
No último boletim epidemiológico, emitido ontem (21) à noite pela Secretaria de Estado da Saúde, o número de casos ativos chegou a 5.138, enquanto a pouco menos de dois meses, no dia 29 de outubro passado, esse quantitativo era de 2.244, num avanço de quase 130 por cento.
Como o índice no número de mortos por Covid-19 segue se mantendo em 2,22% de forma consistente, isso significa dizer que no próximo período teremos cerca de 114 óbitos a mais. Se os números de outubro houvessem se mantido, esse número seria de 50 óbitos, uma diferença considerável a favor da vida.
O secretário de Saúde, Carlos Lula, avalia que a progressão no número de casos ativos possa aumentar, tendo em vista a chegada das festas natalinas nesta semana e das festividades de Ano Novo na semana que vem.
Lula acompanha com rigor os números diários dos boletins epidemiológicos e prevê que a rede de saúde do Estado será capaz de absorver o crescimento no número de casos ativos que o abandono do distanciamento social por parte da população deverá levar.
Noutro front, o secretário de Saúde prevê para a terceira semana de janeiro o início da vacinação contra o Covid-19. Os alvos iniciais seriam pessoas dos grupos de risco e profissionais de saúde, atingindo 1,5 milhão de pessoas nessa primeira fase. Para isso, seriam necessárias 3 milhões de doses de imunizantes, já que cada pessoa receberia duas doses. Lula acredita que até o final de 2021 todos os quase 7 milhões de maranhenses serão vacinados.