No ano em que ia faz 60 anos, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) praticamente fecha suas portas. Suspendeu o trabalho de 107 pesquisadores por falta de recursos financeiros para o programa de bolsas da instituição. O corte atinge profissionais que atuam em funções que vão do lançamento de satélites, passando pela previsão do tempo, até monitoramento de desastres naturais.
Segundo o Inpe, seriam necessários R$ 4 milhões para as bolsas. O chefe do Serviço de Comunicação Social, Eduardo Fábio de Carvalho Loyolla, disse ao Jornal Brasil Popular que a instituição aguarda uma nota do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) para saber o que irá acontecer com os profissionais e as bolsas.
Nas redes sociais há informações sobre uma nota do ministro Marcos Pontes com a revogação da suspensão das bolsas. Informações da imprensa indicam que o ministro teria sido surpreendido pela notícia do corte, o que iria comprometer o lançamento, no fim deste mês, do Amazônia 1º, o primeiro satélite 100% brasileiro.
A única certeza até agora é que a suspensão foi publicada em nota no site do Inpe na qual há o relato do problema com a verba para as bolsas PCI. Entre os afetados estão pesquisadores do time do Amazônia 1, primeiro satélite totalmente brasileiro que deve ser lançado na Índia no fim do mês. O diretor do Inpe disse que articula com o MCTIC para que o valor seja enviado e os projetos mantidos.
A modalidade faz parte do programa de capacitação do instituto, em que especialistas são contratados para atuar em funções dentro de projetos. Os valores variam de acordo com projeto e grau de especialidade e para concorrer é preciso dedicação exclusiva, ou seja, não manter qualquer outro vínculo de emprego.
Confira, a seguir, a nota não oficial, e, supostamente, do próprio ministro Marcos Pontes revogando a suspensão.
“Para alinhar a situação e lembrando que considero essencial manter as bolsas PCI enquanto não temos uma solução perene para pessoal das Ups, o que está sendo tratado pela SUV e Sexec com o CGEE e Ups, determino:”
“Para a Sexec, trabalhar o orçamento da forma mais eficiente para o momento de forma a permitir o pagamento normal, coordenando com o CNPq para manter as bolsas PCI sem descontinuidade ou efeitos observáveis para os bolsistas.”
“Para o CNPq, coordenar com a Sexec os pagamentos para manter as bolsas conforme acima.
Para o Inpe e outras Ups (Unidades de Pesquisa) manter as atividades normais com os bolsistas.”
“Para a SUV, coordenar para que não haja disruptura do sistemá e que as informações sejam alinhadas de forma correta dentro e fora das instituições, evitando que os bolsistas fiquem em ansiedade desnecessaria.” (Ministro Marcos Pontes)
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