No processo eleitoral já em curso no Brasil (faltam pouco mais que oito meses para o pleito), há um grupo da sociedade que precisa ser mais bem acompanhado.
É um grupo – tal como organização partidária – e que se movimenta País afora, com enorme capilaridade e de forma altamente hierarquizada na luta pela manutenção do poder ampliado após as últimas eleições.
A maior parte dos seus movimentos não são conhecidos pela sociedade e cada vez mais estão se dando nos subterrâneos com pouquíssimas informações sobre eles.
Como estão no controle de boa parte da máquina do Executivo, em divisão e acordo com o Centrão, penso que não seria tão difícil buscar informações sobre estas movimentações.
O comando deste grupo político-militar é dos generais do Palácio e dos órgãos de inteligência (formais e informais) que eles dirigem direta ou indiretamente.
Como se trata, em sua grande maioria de ocupantes de cargos civis, mesmo como militares, não é difícil acompanhar seus movimentos. Quem recebem, com quem conversam e se relacionam, etc.
Evidente que não faz sentido acompanhar esses movimentos pelas agendas oficiais ou pelas suas postagens oficiais, como hoje fazem jornalistas de redes sociais. Militares não gostam de divulgar agendas oficias e quando fazem (como na maior parte das postagens das redes), eles mais despistam do que qualquer outra coisa.
Os movimentos destes agentes militar-políticos são guiados pela guerra híbrida e possuem um foco especial para o período em especial dos últimos 45 dias antes do pleito de outubro. A participação deles no processo eleitoral será como mais um etapa da guerra híbrida, onde adversários são inimigos.
É preciso colocar luz sobre os movimentos deles e seus assessores, assim como sobre o aparato cibernético que utilizam para espionar os movimentos dos líderes e organizações da sociedade civil a que se opõem. Não acreditem que vão continuar a ver seguidas pesquisas eleitorais estimando um resultado, para o qual tanto lutaram.
Seus movimentos são na direção prioritária para fora das Forças Armadas (FA) e setor de segurança (rede), mas diante do colapso do desgoverno Bolsonaro, também miram os movimentos internos desta rede militar, sua base de sustentação.
As estratégias de ação estão sendo avaliadas em seguidas operações psicológicas com o uso de suas redes de comunicação, mas também com “vazamentos” como “fontes” de colunistas da mídia corporativa e até das redes dos seus oposicionistas.
Na busca pela manutenção do poder Executivo Federal há redes de contatos e de distribuição de desinformações espalhados nacionalmente em organizações políticas reais e digitais, hoje, aparentemente alimentada por pujantes recursos financeiros que vão muito para além daqueles amealhados por empresários e usadas nas eleições de 2018 e que ficaram conhecidas como “máquina do ódio”.
Não é difícil imaginar que a estrutura e máquina que usarão será muito maior do que a de 2018 e já está sendo operada. A sociedade e suas instituições precisam ter clareza sobre a necessidade de conhecer esses movimentos, sob pena de seus esforços de redemocratização e reconstrução nacional serem tolhidos em surpresas que não deveriam ser assim consideradas.
PS.: Que fique claro. Não possuo nenhuma informação especial e nem tenho o tema como uma de minhas investigações. Porém, pelas várias leituras sobre os movimentos políticos pós-2013, em especial entre 2016-2019, creio que é quase lógica e racional, a intuição sobre a necessidade de se realizar o acompanhamento amiúde e seletivo destes movimentos. Também acredito que este acompanhamento poderá trazer à tona surpresas. Além do que, sou daqueles que acredita que esse grupo vai resistir (de diferentes formas), às regras eleitorais e ao voto da maioria. Sigamos em frente, mas não deixemos de acompanhar os movimentos autoritários.
(*) Por Roberto Moraes, professor pesquisador do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campos de Goytacazes, Rio de Janeiro, pesquisador: Circuito Petróleo-Porto; Capitalismo de Plataformas e Finanças, e blogueiro
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