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Gleisi: “Precisamos investir em mais quadros femininos na esquerda”

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Presidenta do PT, Gleisi Hoffmann diz que a maior participação das mulheres na política ainda é um grande desafio, para o qual a esquerda deve estar atenta

 

Em entrevista neste Dia Internacional da Mulher, a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o Brasil ainda precisa avançar muito na participação das mulheres na política. E ressaltou que esse é um desafio também da esquerda.

 

 

“Eu gostaria que a gente tivesse mais mulheres de esquerda no Parlamento. Temos que investir para que a gente tenha mais quadros femininos na esquerda e dar mais condições para essas mulheres disputarem as eleições”, defendeu, na GloboNews.

 

 

Segundo Gleisi, que também é deputada federal pelo Paraná, o exercício da política, como na maioria dos setores da sociedade, ainda é mais difícil para as mulheres.

 

 

“A política é um ambiente, além de machista, com uma cultura muito masculina. Os códigos e a forma de relacionamento e de convivência são muito masculinos. E a mulher tem mais dificuldade de ser respeitada. É muito mais testada, é muito mais cobrada e há os que sempre acham que a gente não entende nada de política”, avaliou.

 

 

A construção de ambientes em que homens e mulheres estejam igualmente representados é um compromisso tanto do PT quanto do governo Lula, acrescentou Gleisi.

 

 

“Há uma orientação do presidente para se buscar a maior participação possível das mulheres nos espaços de governo. Ele orienta isso, mas nem sempre consegue que o comando chegue. Você pede para os partidos indicarem mais mulheres, mais negros, mas nem sempre você consegue. O PT se esforça muito”, garantiu.

Relação do PT com o governo

 

 

Gleisi também foi questionada sobre o papel do PT ao longo do governo Lula. A deputada explicou que o partido tem como principal missão defender o presidente e seu governo.

 

 

“O PT é o maior partido da base do governo Lula, é o partido do presidente. Então, nós somos extremamente responsáveis por esse governo, e nossa missão é defendê-lo e defender o presidente Lula. Isso é muito claro para nós, não temos dúvida sobre isso.”  

 

 

Essa defesa, no entanto, não significa ausência de posição. Pelo contrário. Ao se posicionar, o partido ajuda o governo a se manter no rumo necessário para cumprir os compromissos assumidos na campanha.

 

 

“Estamos numa coalizão, temos uma série de outros partidos no governo, o que é necessário porque não temos número suficiente no Congresso Nacional para aprovar as nossas medidas”, explicou. “Um governo de coalizão, naturalmente, tem disputa de linha. Os outros partidos e agentes se posicionam, então o PT precisa se posicionar também. Não no sentido de fazer oposição, mas de trazer o governo para perto daquilo que o partido acredita”, acrescentou.

 

 

Gleisi definiu o PT como fiador de um projeto desenvolvimentista na economia, que foi amplamente debatido na campanha. “Externar essas posições não tem a ver com você dar dificuldades para o governo, tem a ver com você dizer ‘olha, a gente acha que o rumo é por aqui’. Então não é uma oposição.”

 

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