A direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) deverá anunciar oficalmente nesta segunda-feira, 14, a consolidação, por meio da federação partidária, da união com o PCdoB e o PV para disputar as eleições de 2022.
A aliança deverá permanecer pelos próximos quatro anos, como determina a nova legislação eleitoral. A informação é do presidente do PT do Distrito Federal, Jaci Afonso.
Por conta de divergências regionais, sem entendimento entre candidaturas petistas e socialistas, o PSB ficou de fora da federação, mas deverá fazer aliança com os partidos esquerda para disputar a eleição presidencial.
A federação PT/PCdoB/PV deverá indicar o nome do ex-presidente Lula à Presidência da República, no próximo mês de abril, com a vaga de vice-presidente para Geraldo Alckmin, que está com um pé no PSB.
Com o fechamento da federação oficializado, os três partidos já se movimentam em articulação para concorer ao goverrno do Distrito Federal no pleito de outubro.
De acordo com o presidente Jacy Afonso, no início deste mês de março, as lideranças do PT, PCdoB e PV do DF se reuniram para discutir a união local, sem ainda definir nomes para disputar a cabeça de chapa e enfrentar o governador Ibaneis Rocha (MDB) que já confirmou sua candidatura à reeleição.
Compromissos firmados
Reunidos, os presidentes e outros dirigentes do PCdoB, PV, PSB e PT do Distrito Federal firmaram os seguintes compromissos:
PCdoB quer filho de João Goulart
Nesse processo de debates, diálogos e aglutinações, cada um dos partidos que compõe a federação de esquerda está com nomes à disposução do grupo para concorrer ao GDF.
O primeiro partido a lançar o nome ao governo do DF foi o PCdoB. Os comunistas indicaram João Vicente Goulart, filho do ex-presidente da República João Goulart.
Atual presidente do PCdoB-DF, João Vicente lembra que seu nome foi homologado por todas as instâncias partidárias. Vindo do MR8, (Movimento Revolucionário Oito de Outubro) dos anos 1960, PCB e fundador do PPL (Partido da Pátria Livre), em 2018, fundiu-se com o PCdoB.
“Nossa pré-candidatura não é uma imposição, mas nos colocamos à disposição da federação nesse diálogo de convergência em torno da federação partidária, uma bandeira levantada pelo PCdoB quase sozinhjo e com apoio dos demais partidos no Congresso conseguimos aprová-la, derrubando até o veto do Bolsonaro”, declarou João Vicente Goulart.
Nome do Partido Verde
No último dia 9 de fevereiro, o Partido Verde (PV) realizou ato para recepcionar o deputado distrital Leandro Grass, que deixou a Rede Sustentabilidade. No evento, o parlamentar confirmou sua pré-candidatura ao governo do Distrito Federal e já apresentou algumas propostas para a cidade.
Ele destacou que a entrada no PV possibilita a concretização de um projeto político dos partidos progressistas da cidade, especialmente com PCdoB e PT, que discutem a formação de uma federação.
“Neste momento, temos um adversário comum, a nível federal, e o nome dele é Jair Bolsonaro, e a nível distrital, e o nome dele é Ibaneis Rocha. Vamos derrotar os dois, se possível em primeiro turno”, disse Leandro Grass durante o ato de recepção.
O deputado também apresentou características que poderão ser vistas em um futuro governo formado por essa aliança: planejamento, políticas públicas baseadas em evidências, participação, transparência, competência, dedicação e empatia.
“Esse momento exige de todos nós humildade, generosidade e paciência. A construção de um consenso não é tarefa fácil. Gostaria de parabenizar o Partido Verde, o Partido dos Trabalhadores, o Partido Socialista Brasileiro e o Partido Comunista do Brasil por estarem à mesa, com suas diferenças e um dissenso muitas vezes de ideias e de história, mas um consenso em defesa do Brasil contra o fascismo”, completou.
PT tem duas pré-candidaturas
Situação indefinida mesmo está no PT-DF porque, além de buscar o consenso entre os partidos da federação, precisa escolher internamente quem será o nome petista que vai à mesa de negociação com PCdoB e PV. Até agora, pleiteiam a vaga de cabeça de chapa a professora Rosilene Correa e o ex-deputado Geraldo Magela.
“No próximo dia 16 (quarta-feira), o PT do Distrito Federal deverá encaminhar o assunto da candidatura ao governo e espero que nesse dia a gente construa um concenso para aprovar um formato de escolhar a fim de decidir sobre as duas pré-candidaturas tanto do Magela como das Rosilene”, disse Jacy Afonso ao Mais Brasil News.
O presidente do PT distrital aposta da união dos partidos e da federação para consolidar tanto a candidatura de Lula quanto o nome que unificará a esquerda no DF.
Com relação ao vice na chapa PT/PCdoB/PV, Jacy Afonso garante que o nome deverá sair da aliança que a federação vai fazer com outros partidos que estejam nessa órbita da esquerda.
Alckmin como vice de Lula
Questionado sobre a presença de Geraldo Alckmin na chapa de Lula, o presidente do PT não entrou em polêmica. Ressaltou que o PSB, embora possa não estar na federação nacional, sempre foi aliado do PT e lembrou a eleição de 1989, quando o vice de Lula era o senador Paulo Bisol, do Partido Socialista Brasileiro.
Mas, pelo fato de o PSB não ter entrado até agora na federação, Geraldo Alckmin voltou a conversar com o PV. O presidente José Luiz Pena disse à imprensa que não está descartada a filiação do ex-governador de São Paulo.
“Estamos trabalhando para que o PSB esteja na nossa aliança, portanto, é o partido quem deve indicar o vice na chapa. Agora, se é o Geraldo Alckmin, ele é quem tem que justificar o seu reposicionamento em relação ao PT. Mas vejo essa aproximação com bons olhos, pois, o objetivo da esquerda é derrotar Bolsonaro no primeiro turno”.
O presidente do PCdoB-DF, João Vicente Goulart, corrobora a tese de Jacy Afonso do PT. O comunista diz que Geraldo Alckmin é um democrata e analisa a questão do ex-tucano aliança como necessária para combater o fascismo, representado pelo bolsonarismo, segundo ele, e reconstrução do país.
“Somente uma frente ampla, composta pelos partidos e segmentos defensores da democracia, incluindo esquerda e centro-direita, será capaz de derrotar o govenro Bolsonaro nas eleições de outubro de 2022”, disse o dirigente do PCdoB-DF.
Foto da capa/legenda: Presidentes e lideranças do PT, PCdoB e PV se reuniram para discutir a federação e as eleições no DF/divulgação
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