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Fazer da CPMI o “Tribunal de Nuremberg” do fascismo brasileiro

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Lula não queria a CPMI porque precisa urgentemente tocar o projeto de desenvolvimento nacional e uma CPI só se justifica quando o governo ou o STF não investigam um determinado crime. Não é caso dos atos terroristas do 8 de janeiro, que a PF já prendeu mais de mil terroristas e o STF começou o julgamento deles, com o primeiro grupo de cem financiadores e executores.

 

 

Porém, depois que a extrema-direita bolsonarista armou para cima do governo com o vídeo manipulado para tentar incriminar o general G. Dias, chefe do GSI de Lula, o presidente e a base aliada decidiram mobilizar para valer a sua maioria no Congresso para enterrar de vez esse mimimi golpista do bolsonarismo que ainda não se conformou com a sua derrota eleitoral.

 

 

O bolsonarismo contava até agora com o desinteresse do governo de instalar a CPMI para poder usá-la como palanque, ou melhor, teatro de sua narrativa delirante de que foi Lula o responsável pela tentativa de golpe contra o seu governo recém empossado. Ou seja, uma ousada super fake news, um giro de 180 graus na verdade dos fatos conhecida por todo o país e fartamente comprovada por vídeos, fotos e mensagens.

 

 

Diante da mobilização do governo com seus experientes “generais” e a verdade dos fatos nas mãos e vendo que será minoria na CPMI, a extrema-direita bolsonarista começa a vacilar e até mesmo a recuar. Não é impossível que inventem uma justificativa para retirar suas assinaturas de seu próprio requerimento. Parece que está caindo a ficha de que “deram um tiro no pé”, como muito bem disse o deputado Lindbergh.

 

 

Sem atrapalhar o rápido andamento das investigações e do julgamento dos terroristas que vêm sendo realizados pelas instituições competentes, o governo e a base aliada pretendem transformar a CPMI numa espécie de “Tribunal de Nuremberg” para revelar para a sociedade brasileira e mundial todos os crimes golpistas do fascismo bolsonarista, em particular de seu chefe Bolsonaro e principais executores, o general Heleno, o general Braga, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o responsável pelo gabinete do ódio, Carlos Bolsonaro, o Carluxo.

 

 

Quanto ao destino do GSI, que tem funcionado como ninho militar golpista no coração do Planalto, o presidente Lula disse em Portugal que cabe a ele decidir o que fazer com esse importante órgão. Muito provavelmente vai tomar o caminho da despolitização do GSI para transformá-lo num órgão de estado e não do partido militar.

 

 

(*) Por Val Carvalho – militante de esquerda e escritor

 

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