Há seis dias, desde o último domingo, 24, que um alerta amarelo acendeu para as autoridades sanitárias do Maranhão. Naquele dia, em reunião mantida pelo governador com o secretário de Saúde e assessores, decidiu-se pela retomada de medidas preventivas para evitar o recrudescimento da epidemia de covid-19 no território do Estado.
O Maranhão é um exemplo de boa gestão no combate à pandemia. O Estado é o que tem o menor índice de óbitos por milhão de habitantes, mas, na outra ponta, apresenta um índice de transmissão de 1,4, o que significa que a cada 100 infectados há a transmissão a 140 novos pacientes. A taxa nacional atualmente, é de 1,08.
Outro dado preocupante é o número de casos ativos. Eles eram 7.128 no boletim de ontem, 29 de janeiro. Em 29 de outubro do ano passado, eram 2.244, a menor quantidade nos tempos recentes.
O governo estadual suspendeu o carnaval e as festas pré-carnavalescas de maior porte (acima de 1.500 pessoas). Chegou a proibir, também, festas menores (mais de 150 pessoas), mas por pressão dos setores interessados, voltou atrás.
Entretanto, as taxas de ocupação de leitos hospitalares de covid-19 se aproximam de 90% nas duas principais cidades do Estado (São Luís e Imperatriz). Nos demais municípios maranhenses o índice continua baixo: apenas um terço dos leitos de UTI estão ocupados. Na última semana, a Secretaria de Saúde aumentou a oferta de leitos hospitalares públicos de 89 para 101 e ainda há a possibilidade de transferir pacientes para as vagas disponíveis no interior do Estado.
A possibilidade de decretação de um lockdown já é contemplado por alguns setores, mas o governo do Estado resiste à ideia. Os próximos dias e semanas serão decisivos.