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Entrevista | “A ameaça do golpe existe, mas vamos superar isso porque a sociedade está vigilante”, diz presidente da ABI

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“A ameaça do golpe existe, mas acho que vamos superar isso porque a sociedade está vigilante. A sociedade está se organizando para enfrentar qualquer tentativa de golpe”. Essa é uma avaliação de Otávio Costa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), sobre o clima eleitoral que prevalece hoje, no Brasil, a 4 meses e 10 dias, das eleições gerais.

 

Eleito por ampla maioria (58%), numa eleição com massiva participação dos associados, Otávio Costa deu uma entrevista exclusiva ao Jornal Brasil Popular, neste fim de semana, em que trata de temas pulsantes que afetam o futuro dos brasileiros. Os temas centrais são a soberania nacional, a atual situação do Brasil e as eleições de 2022. Mas, o experiente jornalista fala também do seu mandato na ABI, da luta contra o fascismo e da defesa da democracia. Sem rodeios, ele defende a eleição do ex-presidente Lula e a criação das Leis dos Meios para regulamentar a imprensa e as comunicações do Brasil.

 

Nesta primeira parte da entrevista, a qual foi dividida em várias partes, Otávio Costa faz uma breve avaliação da conjuntura nacional, demonstra preocupação com o processo eleitoral do País, fala de sua apreensão com da passagem do bilionário Elon Musk pelo Brasil para se encontrar com empresários e com o presidente Jair Bolsonaro (PL), condena a venda da Eletrobrás e comenta as ameaças de outro golpe de Estado, já em curso, mas descarta o perigo de isso acontecer porque, na sua avaliação, “a sociedade está vigilante”.

 

No decorrer da entrevista, Otávio Costa fala sobre a centenária ABI que, segundo ele, deve atuar na defesa do Brasil soberano, independente, desenvolvido e dono de suas próprias riquezas, com um jornalismo, no mínimo, honesto, autônomo e independente e faz outras análises da situação do Brasil.

 

Carioca, 71 anos, Otávio Costa é jornalista há cinco décadas. Ele deu os primeiros passos na profissão na Rádio Tupi, em 1970, e começou a carreira, em 1971, no jornal O Globo. Depois trabalhou na área de economia por 14 anos na Editora Abril, em que foi editor-assistente de Veja e editor de Exame. Teve longa passagem pelo Jornal do Brasil, desde editor de política, em 1998, até diretor da sucursal de Brasília, em 2004. Na revista IstoÉ, chefiou a sucursal do Rio e dirigiu a sucursal de Brasília. Ganhou dois Prêmios Esso e menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog. Foi vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) de 1986 a 1992. Confira, a seguir, a primeira parte da entrevista com Otávio Costa – presidente da ABI.

 

ENTREVISTA | ÓTÁVIO COSTA – Presidente da ABI

 

Jornal Brasil Popular (JBP) – Que análise o senhor faz da vinda do bilionário estadunidense Elon Musk ao Brasil e do encontro dele com o presidente Jair Bolsonaro.

 

Otávio Costa – Acho uma coisa muito preocupante como tudo que gira em torno de Bolsonaro. Isso é uma novidade. É evidente que esse empresário é uma pessoa de direita. Nos Estados Unidos ele é simpatizante do ex-presidente Donald Trump. Assim que ele falou que iria comprar o Twitter, ele declarou que iria permitir a volta de Trump a essa rede social, de onde o ex-presidente foi expulso após o episódio de invasão do Congresso norte-americano, em 6 de janeiro. Aquela ‘tomada’ do Senado norte-americano, numa ação violenta, que jamais houve na história deles. Provavelmente, irá incentivar a militância deles a fazer o mesmo no Brasil, caso Bolsonaro não vença a eleição para Lula. E, certamente, Bolsonaro irá perder. Isso gera uma preocupação enorme quando se vê um presidente – por mais fascista que seja, por mais extrema-direita que seja – dizer que não irá respeitar o resultado de uma eleição. Quando temos esse tipo de aproximação de Bolsonaro com esse empresário norte-americano, extremamente reacionário, extremamente conservador, realmente, a gente fica com o pé atrás. O que pode envolver esse tipo de ligação de Bolsonaro com Musk, uma vez que Musk é responsável pelo Twitter? Disse Bolsonaro, no encontro que ele teve com o bilionário, que Musk é um ‘sopro de esperança’. É bom deixar claro que essa esperança é para ele, Bolsonaro, porque o multimilionário poderá dar total liberdade ao Bolsonaro para que saiam plantando fake news (notícia falsa) e tentando influenciar a opinião pública com esse tipo de mecanismo.

 

JBP–Nossa eleição 2022 está em jogo? Qual é a ameaça dessa presença e dessa associação de Musk com Bolsonaro para a nossa democracia participativa?

 

Otávio Costa – Acho que, realmente, a gente terá de tomar muito cuidado com a nossa Justiça Eleitoral, com o Supremo Tribunal Federal, porque é muito perigoso para o País e para o momento eleitoral essa proximidade de Bolsonaro com esse senhor. É lamentável que, perto de uma eleição, esse senhor desembarque no Brasil e, evidente, com uma proposta de intervir no nosso processo eleitoral com essa plataforma dela. É lamentável sob todos os aspectos.Nossa Justiça Eleitoral agora tem mais esse problema. Já haviam problemas. A Justiça eleitoral já montou grupo com participação nossa, da ABI, para enfrentar um mar de fake news que vem por aí e, de repente, chega esse senhor com o perfil ultrarreacionário, ultraconservador para se unir a Bolsonaro às vésperas da eleição.Quer dizer, é muito preocupante e a ABI lamenta esse tipo de presença no Brasil. Esse cidadão não é bem-vindo. A verdade é essa. Antigamente, na diplomacia, se falava em ‘persona non grata’. É preocupante para o mundo, não só para o Brasil o fato de esse cidadão assumir o comando do Twitter.

 

JBP – Qual a análise e como se posiciona a ABI nessa privatização apressada da maior empresa nacional e do mundo de energia elétrica, a Eletrobrás?

 

Otávio Costa – Apesar de toda a má-fé do governo Jair Bolsonaro e dos descaminhos que ele e a gestão do ministro Paulo Guedes levou o País, o desmonte a que eles provocaram no País, ele não conseguiu levar adiante o projeto dele de privatizar em massa as empresas públicas. Eles tinham o projeto de privatizar os Correios e Telégrafos, e tiveram de voltar atrás. Desmontou a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), mas não conseguiram passar, mesmo fragmentada, para a iniciativa privada, que era o objetivo inicial. Ficou a Eletrobrás. E agora, na mesma situação: no apagar das luzes vem o TCU (Tribunal de Contas da União) e libera a venda da Eletrobrás.

 

JBP – Não é estranho o TCU deixar de defender a soberania nacional para aprovar a venda da nossa Eletrobrás?

 

Otávio Costa – Isso é uma empreitada terrível para o Brasil porque se tem toda uma estrutura histórica da Eletrobrás, responsável pela distribuição de energia no território nacional, e isso nunca foi questionado. As estruturas imensas e caríssimas da Eletrobrás, construídas e mantidas com o dinheiro público, como Furnas, Itaipu, nunca foram questionadas. De repente vêm eles, com Paulo Guedes à frente desse processo, e decidem que vão privatizar a Eletrobrás. Houve uma reação. O processo foi acabar no TCU. E o TCU, agora, por ampla maioria, aprova essa privatização, que é criminosa em todos os sentidos. Em nenhum ponto do projeto é evidente que essa privatização não atende aos interesses do País. Pode atender aos interesses de empresas que trabalham com energia, mas não aos do nosso povo e muito menos à economia do Brasil.

 

JBP – Concretamente, quais são os prejuízos para o Brasil?

 

Otávio Costa – Já estão fazendo estimativas. ‘Ah! Vai ser vendida por 30 milhões, há 11 grupos interessados’. É evidente que há 11 grupos interessados porque uma empresa desse porte, que é dona da soberania do Brasil, que tem a estrutura que tem, histórica, é responsável por distribuição de energia por todo o Brasil, tem parcerias com outros países latino-americanos, e vem um presidente e um ministro de Economia e põem à venda a um preço que não é real, não diria a preços de banana porque isso seria impedido a qualquer momento, mas a um preço atrativo para as empresas nacionais e estrangeiras e não para o Estado brasileiro, não para a economia do País. Este governo vai criar problemas com essa venda. Todo mundo no planeta sabe disso. Na hora que for repartir esse bolo chamado Eletrobrás, como é que vai funcionar a distribuição de energia no País? Como vai se dar isso? A que custo se dará isso? Então, isso não interessa. E muito menos fazer uma operação dessas a 6 meses do fim do governo. Na minha cabeça a coisa é muito simples: o TCU aprovou; eles vão realizar este leilão a toque de caixa; de uma forma totalmente irregular. É bom que os potenciais compradores tenham em mente que o Brasil terá um novo governo em janeiro de 2023 e é evidente que poderá rever, e vai rever, a privatização da Eletrobrás. Vão perder tempo e dinheiro porque a partir de janeiro de 2023 essa privatização será revista. Não tenho nenhuma dúvida. Isso é irregular. Isso não atende aos interesses do Brasil. Eles que não percam tempo participando desse leilão. O leilão vai ser promovido, agora, quem participar do leilão, fique sabendo, desde já, que esse leilão não é legal, não tem respaldo jurídico e o governo Bolsonaro não tem legitimidade para fazê-lo. É um leilão que será revisto imediatamente assim que começar o próximo governo que, certamente, será o governo de Lula.

 

JBP – Do  ponto de vista do Jornal Brasil Popular, a Eletrobrás, a Petrobrás etc., são empresas que não têm preço porque elas fazem parte do conjunto de instrumentos que formam a soberania do País. E soberania não tem preço. Esse movimento de privatização das empresas da soberania nacional pode ser cruzado com o tema da liberdade, que tanto fala Bolsonaro? Que liberdade é essa? É a liberdade de mercado? Como fica a soberania de uma nação perante essa liberdade de mercado? Quanto custa a soberania de um País?

 

Otávio Costa – A soberania não tem preço. Mas as pessoas acham que podem vender e se desfazer dos patrimônios do País em nome de um discurso que prega a ideia de que a iniciativa privada é mais eficiente do que o setor público. Isso é uma balela e eles sabem disso. Quer dizer, o País tem aí muitas iniciativas do setor público que funcionam muito melhor do que as da iniciativa privada. Há áreas privadas que não funcionam. Esse discurso do Estado mínimo só interessa aos capitalistas. Quando se fala, por exemplo, de educação ou de saúde e se reduzem os investimentos em educação e saúde, é lógico que interessa ao setor privado e não interessa ao País.  Não interessa à qualidade da saúde e da educação. Da mesma forma ocorre com a energia. A Eletrobrás está no Brasil há mais de 50 anos. A estrutura que se montou no País com o dinheiro público de geração e distribuição de energia funciona e sempre funcionou perfeitamente. Nunca houve críticas. Os apagões se deram por situações à revelia da técnica, por força maior ou caso fortuito, ou seja, por causa de fatos ou eventos imprevisíveis, geralmente relacionados à natureza. Foram provocados por falta de chuvas, reservatórios com pouca captação em razão de secas, algum acidente, etc. Os problemas de distribuição que houve no País são os mesmos que há no mundo inteiro, incluindo aí, nos países em que a geração de energia é controlada por empresas privadas.

 

JBP –Por que, então, se atribui à Eletrobrás os problemas de distribuição de energia?

 

Otávio Costa – Atribuir isso a deficiências da Eletrobrás é, no mínimo, um erro e uma desonestidade sem limite. Ao contrário, a Eletrobrás é uma empresa respeitada no mundo inteiro e altamente especializada na tarefa e competências dela. É por isso que o empresariado fascista do mundo inteiro está de olho nesse “produto”. Além disso, é um patrimônio caríssimo e riquíssimo construído com nosso dinheiro público e que pertence ao povo. E aí chega no poder um grupo com Paulo Guedes na cabeça que, de uma hora para outra, decide vender esse que é um dos maiores patrimônios nacionais, é crime. R$ 30 milhões, mais os compromissos de investimento que chega a R$ 50 bilhões, isso não é nada. Isso se perde rapidamente. Em poucos anos o Estado consome esses recursos. Não faz sentido. Isso diz respeito à soberania do Brasil. A mesma coisa quiseram fazer com os Correios e Telégrafos. Iam entregar os Correios à iniciativa privada. Voltaram atrás porque os Correios atingem a todos os 5.800 municípios do Brasil. No interior da Amazônia tem Correios. Tanto é que o Banco do Brasil usou a estrutura dos Correios para as pessoas pagarem suas contas, principalmente, no Norte do País e em todo o interior. A capilaridade dos Correios é uma coisa maravilhosa. Não existe nada igual no mundo. As empresas de correios expressas, como as alemãs, etc., usam as estruturas dos Correios e Telégrafos para enviar as remessas delas. Paulo Guedes e Jair Bolsonaro quiseram fazer esse absurdo de se desfazerem dos Correios que é uma empresa maravilhosa e que presta serviços neste País há décadas com perfeição. A Eletrobrás é o mesmo caso. Por que se desfazer da Eletrobrás? Tentam passar a ideia de que o Estado é perdulário, não funciona.

 

JBP – O Estado brasileiro funciona?

 

Otávio Costa – Ora, o Estado não funciona na mão de um Paulo Guedes, não funciona na mão deles porque eles são péssimos administradores. Basta ver o que o senhor Paulo Guedes tem feito com a economia brasileira. É evidente que se tem gente incompetente como eles, como Paulo Guedes e como Bolsonaro. No caso de Jair Bolsonaro, ele não entende nada de nada, não entende de área nenhuma. Por isso, na mão deles, é evidente que o Estado não funciona, até porque a especialidade deles é destruir a máquina do Estado, é desmontar a máquina do Estado. Acho que a privatização da Eletrobrás é um crime sim contra a soberania nacional, mas, ao mesmo tempo, digo que eles estão se atrevendo. Eles estão fazendo uma afronta de privatizar a Eletrobrás no apagar das luzes do governo deles. Desse desgoverno que está aí. Isso não vai passar porque isso será revisto no início do próximo governo que será governo Lula.

 

JBP – Isso poderá acontecer se eles não aplicarem mais um golpe, não é?

 

Otávio Costa – Eles têm ameaçado dar um golpe. Ontem mesmo [quinta-feira, 18/5] tivemos uma reunião sobre isso. A ABI coordenou uma reunião com o relator da ONU para a independência do Judiciário, para a independência de juízes e advogados do País. Várias entidades participaram e todos sabemos que há uma conspiração em marcha. Esse cidadão fascista que gosta muito de Mussolini e os generais que o cercam estão todos ali conspirando. Eles estão questionando o processo eleitoral brasileiro, questionando as urnas eletrônicas, que são consagradas no mundo inteiro. O Brasil já levou esse know-how para outros países. Os EUA não têm esse sistema por outros motivos, não pela insegurança, porque o sistema de urnas eletrônicas não é inseguro. O que eles têm lá é aquela confusão, uma bagunça propositada e mal-intencionada que passa dias e dias apurando votações porque não têm um sistema como o nosso, extremamente ágil e seguro. Comprovadamente seguro e que tem sido exportada para outros países que tratam as eleições com seriedade.

 

JBP –Por que eles atacam tanto o Poder Judiciário e as urnas eletrônicas? E a reunião com a ONU?

 

Otávio Costa – Atacam porque estão enlouquecidos, estão ensandecidos porque estão vendo a possibilidade concreta de que vão perder a eleição para Lula e estão tentando desde já virar a mesa, questionando o processo eleitoral, já questionando as urnas e já questionando também o futuro resultado. Eles já estão dizendo que não vão admitir o resultado, que vão fazer algo semelhante ao que fizeram nos EUA, quando as milícias do Trump atacaram o Congresso Nacional contra a eleição de Joe Biden, em janeiro. Eu acho o seguinte, voltando: ontem nos reunimos com o relator da ONU, o mundo está preocupado com isso, o mundo todo está assistindo as ações desse grupo fascista que está no poder do Brasil, o mundo todo está vendo que há essa ameaça de virada de mesa no País, e isso aí é o seguinte: não vai passar. Isso não passa.

 

JBP – Por que o Senhor acredita que o golpe “não vai passar”?

 

Otávio Costa –Temos generais golpistas no apoio a Bolsonaro, mas temos também muitos generais que não são golpistas. O Exército brasileiro pertence ao povo brasileiro. O Exército brasileiro não é um organismo de governo: ele é um organismo de Estado. Ele pertence ao povo brasileiro. Há gente no Exército que sabe disso e que pensa assim. Há golpistas no entorno de Bolsonaro, inclusive que são contemporâneos dele na Agulhas Negras, mas me parece que a maioria do Exército sabe que o importante neste País é a democracia, é o Estado democrático de direito. Isso é essencial para que este País avance, tenha futuro de justiça social, de igualdade e inclusão racial, de desenvolvimento, de aumento da renda dos pobres, como foi nos dois governos de Lula. A ameaça do golpe existe, mas acho que vamos superar isso porque a sociedade está vigilante. A sociedade está se organizando para enfrentar qualquer tentativa de golpe.

 

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Não perca a segunda e última parte da entrevista com o presidente eleito da ABI, o jornalista Otávio Costa, a ser publicada na edição do Jornal Brasil Popular desta segunda-feira (23/5). Aguarde e confira.

 


 

(*) Por Carla Lisboa com edição de Edneide Arruda – Jornal Brasil Popular/DF

 




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