O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, voltou a defender mineração em terra indígena durante visita feita à cidade de Belém (PA) na sexta-feira (16). O registro foi feito pelo site Amazônia Real, segundo o qual o pedetista defendeu a prática ao citar o caso dos indígenas Cinta Larga, comunidade localizada em Rondônia onde há um projeto de mineração de diamantes.
“Há uma discussão que não está pacificada no meu projeto sobre a viabilidade de terras indígenas explorarem, pelas próprias comunidades indígenas, ocorrências minerais”, disse Ciro, ao propor um esquema em que haveria uma “estatal” que consideraria a opinião dos indígenas como palavra final nesse tipo de decisão sobre “como se pode fazer sustentavelmente, em benefício da renda dessas comunidades e apenas se elas quiserem que assim seja”.
O tema é um dos mais polêmicos na agenda ambiental do país, que enfrenta um contexto de avanço do agronegócio especialmente por conta da monocultura, da criação massiva de gado e do garimpo ilegal em territórios de povos tradicionais. A mineração nessas áreas é duramente criticada, por exemplo, pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que defende uma agenda de garantia de direitos para esse segmento da população, com destaque para a demarcação de terras.
A declaração de Ciro sobre o assunto reedita declarações já dadas pelo candidato em outros momentos. Durante uma transmissão virtual ocorrida nos últimos dias em seu canal no Youtube, por exemplo, o pedetista defendeu a pauta.
“A exploração de recursos minerais pode ser liberada em terras indígenas? Depende. Qual é a dependência? A dependência é o seguinte, a dependência é: se as comunidades indígenas, e isso eu conheço por dentro, quiserem, a gente pode fazer de forma sustentável, com uma estatal controlada pela comunidade indígena”, entoou.
Cresce pressão por “voto útil”
Ciro segue em terceiro lugar na disputa pela cadeira de presidente da República e enfrenta, no atual momento, uma onda de defensores do chamado “voto útil” em Lula no primeiro turno. A ideia seria convencer eleitores de Ciro a votarem no petista para afastar a possibilidade de Bolsonaro crescer e conseguir levar a disputa em segundo turno.
Esse tem sido o posicionamento de alguns dissidentes do próprio PDT. Nos bastidores há rumores de que um manifesto será lançado nos próximos dias com esse fim. Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, uma ala do partido se reúne nesta segunda (19) no Rio de Janeiro (RJ) para discutir a “conveniência” da candidatura do político cearense.
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De acordo com o veículo, o movimento seria encampado por pedetistas seguidores de Brizola, líder trabalhista que se tornou o principal ícone do partido e faleceu em 2004.
O movimento pelo voto útil também vem tomando as redes sociais em perfis de cidadãos comuns e personalidades. O cantor Tico Santa Cruz é um deles. Em uma sequência de cinco postagens feitas pelo Twitter neste sábado (17), ele disse que apoia Ciro, mas irá votar em Lula.
“E mantenho meu respeito máximo a Ciro Gomes e terá em mim um aliado para o PND [Plano Nacional de Desenvolvimento] até que a gente consiga chegar na Presidência na próxima oportunidade”, disse, ao afirmar que pretende trabalhar por isso no próximo quadriênio.
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“Trabalharemos mais quatro anos, sim. Ciro Gomes 2026 é logo ali e vamos nos esforçar pra que ele tenha sua chance. Agora precisamos dar fim a esse regime de ódio e sofrimento. Resolver no primeiro turno. O voto útil no Lula é o caminho pra encerrar esse ciclo de tragédias”, completou o artista.
Ele também conclamou seguidores a fazerem o mesmo: “Por fim, convido aqueles que estavam nessa reta final, indecisos, a resolvermos essa eleição no primeiro turno, para que não deixemos o demônio usar a máquina por mais 30 dias. O cenário está claro. Não vai mudar – infelizmente! Então, que a gente resolva isso dia 2 e acabe essa tragédia”.
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