No meio de tanta e tão confusa informação e desinformação, passou praticamente despercebida a notícia verdadeira de que um alto e veterano funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Josh Paul, pediu demissão de seu cargo, que já exercia por onze anos, em protesto contra o apoio incondicional do presidente Biden ao governo de Benjamin Netanyahu na guerra de Netanyahu contra o Hamas.
Segundo a própria mídia pró-israelense norte-americana, a equipe do Departamento de Estado está expressando insatisfação de várias maneiras, desde sentimentos de revolta até resignação, e alguns outros funcionários estariam considerando seguir o exemplo de Paul e deixar seus cargos.
De acordo com relatos feitos ao jornal eletrônico HuffPost, o Secretário de Estado Anthony Blinken e seus principais assessores parecem ignorar uma crescente insatisfação entre os funcionários do órgão. Blinken e sua equipe desprezariam os conselhos de seus próprios especialistas, enquanto se concentram em apoiar a expansão das operações de Israel na Faixa de Gaza. “Está basicamente surgindo uma revolta em todos os níveis do Departamento de Estado”, resumiu um desses funcionários.
O pronunciamento de Biden na quinta-feira à noite, por uma rede nacional de televisão, reiterou esse apoio incondicional a Netanyahu, já manifestado dias antes pela visita de Biden a Tel Aviv, apenas com a ressalva de que o governo dos Estados Unidos mantém seu compromisso com a chamada tese dos dois Estados, a promessa de um Estado nacional para os palestinos.
Antes desse pronunciamento, o governo dos Estados Unidos tinha vetado no Conselho de Segurança da ONU a proposta brasileira, aceita por 12 dos 15 países atualmente membros do Conselho, de um cessar-fogo para a entrada na Faixa de Gaza de socorro urgente a seus mais de dois milhões de habitantes. Esse socorro incluiria água, alimentos e remédios, mas excluiria – por exigência do governo Netanyahu – o combustível em falta para o funcionamento dos geradores termoelétricos que, por sua vez, possibilitariam o funcionamento dos hospitais e da única usina de dessalinização de água do mar existente na região.
Sem o apoio incondicional do governo dos Estados Unidos, Netanyahu não teria condições de levar tão longe a guerra de vingança e praticamente extermínio a que submete palestinos inocentes, a pretexto de sua suposta cumplicidade com o Hamas.
Biden tem de saber disso, mas está refém da ameaça Trump na eleição presidencial de 2024. E Trump aproveita para piorar a situação e dizer que em seu próximo governo será ainda mais duro com os palestinos.
Nos Estados Unidos é cada vez maior o número de judeus que protestam contra as ações do governo Netanyahu e há dias cerca de 400 jovens judeus foram presos quando promoviam uma manifestação pró-Palestina no Capitólio, a sede do Congresso norte-americano. Mas é muito maior o número de eleitores que continuam dispostos a votar em Trump.
O BRASIL VOLTA A SER UM DOS DEZ MAIORES
Embora no mundo em volta pouco haja a comemorar e qualquer comemoração pareça indiferença e insensibilidade diante do sofrimento de tantas vítimas da guerra, o Brasil tem recebido notícias que em outras circunstâncias deveriam ser muito festejadas.
Estimativas do FMI, o Fundo Monetário Internacional, divulgadas nos últimos dias, dizem que ainda este ano o Brasil voltará a ser uma das 10 maiores economias do mundo, situando-se em 9º lugar. O Brasil chegou ao grupo das dez maiores economias na primeira passagem de Lula pela Presidência e saiu desse grupo em 2020, ao fim de um ano do governo Bolsonaro.
As estimativas do FMI calculam um aumento de 3,1% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, superando substancialmente a previsão anterior de avanço de 2,1%. Pelas projeções do FMI, o Brasil pode ser a 8ª maior economia já em 2026, quando seu PIB ultrapassará o da Itália e chegará a 2,4 trilhões de dólares.
Apesar de ter voltado ao grupo das dez maiores economias, o Brasil continua a ser o país de maior desigualdade e concentração de renda do mundo, com a resistência do mercado financeiro e da maioria conservadora do Congresso a medidas propostas pelo governo, como a taxação das grandes fortunas.
(*) Por José Augusto Ribeiro – jornalista e escritor. Publicou a trilogia A Era Vargas (2001); De Tiradentes a Tancredo, uma história das Constituições do Brasil (1987); Nossos Direitos na Nova Constituição (1988); e Curitiba, a Revolução Ecológica (1993); A História da Petrobrás (2023). Em 1979, realizou, com Neila Tavares, o curta-metragem Agosto 24, sobre a morte do presidente Vargas.
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