Em 1º de outubro comemora-se o Dia Internacional da Pessoa Idosa. Uns vivem mais tempo, até passam dos 100 anos, outros morrem cedo. No Brasil jovens negros das favelas estão sendo ceifados pela violência estrutural, especialmente da polícia. Pergunta-se sempre a quem é longevo: qual o segredo para chegar a tantos anos? É muito comum ouvir: “tomo minha birita todos os dias”; “cuido das minhas plantas”; “estou bem com a vida”; “faço o que eu gosto”; “tomo meu chá”; “durmo com as galinhas e levanto cedo”; “gosto de banho de água fria”; “curto as amizades”. Ou seja, é viver com prazer, com gosto, com gozo. Ter prazeres ao longo da vida e na velhice ajuda a viver muito e com qualidade. O prazer de viver tem o poder de esticá-la. Cada um tem lá sua receita de bem-viver e de longe-viver.
Há muitos estudos que mostram a relação entre longevidade, a alimentação adequada, a atividade física e cuidados com a saúde, com ênfase no comportamento considerado correto, com as receitas inevitáveis de cortar o sal, cortar a gordura trans, cortar as noitadas, cortar as bebidas alcoólicas, cortar o cigarro, cortar a preguiça, enfim cortar muitos prazeres. Há também os pregadores de receitas mágicas para a imortalidade. Focar apenas em cortar prazeres da vida ou viver de ilusões seriam fruto de estoicismo e ilusão.
A vida longa é um equilíbrio instável, como o andar de bicicleta, entre o usufruto dos prazeres e os limites que o jeito de andar e os caminhos nos exigem. É preciso ter condições para se percorrer os anos. É preciso de proteção e cuidado. Aliás, é preciso uma rede de proteção do Estado, da família e da sociedade, condição para uma vida longa. Dentre essas condições está a escolaridade e o acesso à informação na busca da autonomia na vida. É preciso de saúde pública para prevenção, atenção básica, diagnóstico precoce, cuidado de qualidade.
Uma sociedade que dialoga, media conflitos, que promove a convivência, ao invés da violência, prolonga a vida e dá prazer em curti-la. Os estresses da discriminação, da violência, dos preconceitos encurtam o tempo de vida, machucam pessoas de todas as idades e trazem agressões e fenecimento das esperanças.
Enfim, é indispensável a construção de projetos comuns e interpessoais, sem eles a vida perde sentido, implicando o projeto de preservar o ambiente, a terra, o planeta como lugar comum da humanidade.
(*) Por Vicente de Paula Faleiros, professor emérito da UnB, coordenador do Fórum Distrital dos Direitos da Pessoa Idosa, membro da Comissão de Políticas Públicas da SBGG.
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