Atriz fala de sua carreira, comenta a série ‘Segunda Chamada’ e afirma que omissão perante Bolsonaro é cumplicidade. Vídeo na íntegra
No programa 20 MINUTOS ENTREVISTA desta sexta-feira (15/10), o jornalista Breno Altman entrevistou a premiada atriz Débora Bloch sobre sua trajetória profissional e a situação política do país.
Ela reforçou o papel da cultura na atualidade como algo que provoca o pensamento crítico, “aponta para a verdade, propõe a liberdade e o amor, coisas que acho que para o atual governo fascista são muito assustadoras”.
A atriz, que disse que votará em Lula, defendeu que não se posicionar contra Bolsonaro é consentir com o seu governo, que diante do “nível de desumanidade, o não combate é falta de empatia e responsabilidade”.
Bloch afirmou gostar muito do Brasil, “mas que está sendo difícil gostar do Brasil de agora, em que a gente só vê tragédia, desmonte e desgoverno”. Ela também disse nunca ter imaginado que o tema do suposto combate à corrupção levaria à criação do bolsonarismo.
“Acho que o que estamos vivendo é tão distópico que era difícil imaginar que aconteceria. Mas quando Bolsonaro surgiu, ficou tudo muito claro, o que ele era, o que pretendia e quais eram os valores, ou os não valores, dele”, refletiu.
Ela confessou que em certo momento apoiou a Operação Lava Jato, pois pensava que estava mostrando para o povo o que de fato acontecia nos bastidores da política e se decepcionou com o que vinha sendo divulgado, “porque eu sempre votei no PT e no Lula”. Entretanto, “as coisas se confundiram: não era uma luta contra a corrupção, era para dar um golpe”.
Hoje em dia, a atriz ponderou que aqueles que seguem apoiando Bolsonaro são ignorantes e destacou que falta educação de base no Brasil. “É isso ou existe um fascismo encubado nas pessoas e isso é mais assustador”, agregou.
Do Opera Mundi/Programa 20 Minutos com Breno Altman