A dívida pública brasileira hoje passa de R$ 7 trilhões. Já a Produção Interna Bruta (PIB) brasileira de 2020 (2021 ainda não foi divulgada) foi de R$ 7,5 trilhões, segundo o IBGE. Pelos números, o Brasil teria que trabalhar quase um ano, de graça, para quitar a sua dívida. Como isso é impossível, o governo paga, a grosso modo, apenas os juros e a assim o valor da dívida bruta se mantém. As vezes ela aumenta. Isso ocorre quando não há crescimento econômico e o PIB retrai.
Para não dar calote em investidores, que emprestam dinheiro ao governo, os juros acabam sendo prioridade. As consequências disso são menos recursos na saúde, educação, moradia, segurança, ciência e tecnologia, cultura e várias outras áreas.
O advogado e deputado federal Constituinte Hermes Zaneti, autor do livro “O Complô – Como o Sistema Financeiro e seus Agentes Políticos Sequestraram a Economia Brasileira”, questiona esse sistema que não favorece a população.
“A dívida pública brasileira é de mais de R$ 7,1 trilhões. Quanto desse dinheiro você pagou e quanto veio para a sua qualidade de vida? De 1988 até hoje, o número de favelas dobrou e a dívida pública disparou. Onde está esse dinheiro? O povo tem de saber que está pagando a conta”, indaga.
O tema inspira um dos painéis do Fórum Social Justiça e Democracia, realizado em Porto Alegre, que começou no dia 26 e termina no próximo dia 30 de janeiro. A conversa, que terá a participação de Zaneti, pode ser acompanhada ao vivo, às 10h, no canal da Associação Brasiliense de Apoio ao Vídeo no Movimento Popular (Abravídeo) no youtube.com/abravideo.
Além de Zaneti, participam da conversa o cineasta, Luiz Alberto Cassol, que está produzindo um curta metragem baseado no livro, o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, a professora e secretária geral da Concelho Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Fátima Silva, e diretor de Relações Internacionais do Proifes, Eduardo Rolim.
O livro de Zaneti revela bastidores de manobras, como a manutenção de uma maior carga tributária para os mais pobres e a retirada de direitos, comprovadas por meio de documentos públicos, dos três Poderes e Ministério Público Federal (MPF), para impor os interesses das elites financeiras do Brasil.
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