Cuba exige que os EUA cessem ataques em questões de direitos humanos

• por Prensa Latina em 14 de abril de 2022

O vice-chanceler cubano, Anayansi Rodríguez, exigiu hoje que os Estados Unidos parem de atacar a situação dos direitos humanos em outros países e examinem como estes são violados em seu próprio território.

Por meio de sua conta oficial no Twitter, a vice-ministra das Relações Exteriores pediu a Washington que “cessasse imediatamente suas acusações e mentiras”, em relação a um relatório recente do Departamento de Estado dos EUA.

Os Estados Unidos “são o principal violador dos direitos humanos de seu povo e de outras nações. Viola-os de forma sistemática, massiva e flagrante”, escreveu o representante do governo.

Nesse sentido, destacou que as guerras desencadeadas pela Casa Branca no exterior, as ações subversivas que promove e financia em diferentes latitudes e o uso recorrente de sanções e medidas coercitivas unilaterais “se transformam em flagrantes violações dos direitos humanos desses povos. ”

O relatório do Departamento dos Estados Unidos divulgado no dia anterior mostra uma suposta preocupação com o que está acontecendo em outros países e inclui até uma seção dedicada a Cuba, mas deixa de fora os problemas internos nos Estados Unidos.

No entanto, a organização Human Rights Watch documentou no início deste ano retrocessos em termos das garantias mais básicas dos cidadãos no território norte-americano, que incluem problemas raciais, a atitude em relação à imigração, bem como a eliminação de normas que protegem a meio ambiente e saúde pública.

Além disso, os Estados Unidos são a única economia avançada do planeta que não contempla licenças médicas ou férias garantidas por lei e, segundo a Confederação Sindical Internacional, é o país mais desenvolvido em termos de direitos trabalhistas.

Autoridades da maior ilha das Antilhas denunciaram o uso da questão dos direitos humanos por Washington como um instrumento utilitário contra países que não estão subordinados aos seus interesses, ao mesmo tempo em que premia governos com péssimo histórico nesse assunto.

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