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Corpo docente da USP encolheu 17,5% desde 2014, mas em algumas unidades perda é de 30% ou mais

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Na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que está em greve estudantil e com paralisação de docentes por essa razão, a perda acumulada é de 93 docentes efetivos(as) ─ 19,62% a menos que nove anos atrás. As áreas de engenharia e saúde também foram impactadas pela política de congelamento de contratações adotada por M.A. Zago e mantida por V. Agopyan: a Escola Politécnica perdeu 79 docentes (17,40%), a Faculdade de Medicina (FM) perdeu 70 (18,62%) e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), unidade de origem do reitor Carlotti Jr., perdeu 66 (19,70%)

 

 

Levantamento realizado pela Adusp, com base nas folhas de pagamento disponíveis no Portal da Transparência da USP, revela que o corpo docente da universidade encolheu 17,56% desde 2014. O número total de docentes efetivos(as) da USP decaiu de 5.934, em setembro daquele ano, para 4.892 em agosto de 2023 ─ confira aqui o levantamento completo atualizado. Assim, ao longo desse período, a instituição perdeu 1.042 docentes efetivos(as), na contramão do crescimento do número de alunos e da produção científica.

 

 

Em algumas unidades, porém, o déficit de docentes se expressa de modo mais agudo, com percentual de perdas superior, em vários casos, ao percentual geral da USP. A Escola de Enfermagem (EE), que tinha 83 docentes efetivas(os) em 2014, atualmente conta com apenas 44. Portanto, perdeu 39 docentes efetivas(os), quase metade (46,99%) do quadro de nove anos atrás. Outros exemplos dramáticos atestam que a carência de docentes castiga diversas das (mal) chamadas “áreas técnicas”.

 

 

A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) tinha 184 docentes efetivos(as) em 2014, número que decresceu para 128. A perda foi de 56 docentes (30,43%). A Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) decaiu de 88 docentes efetivos para 66: perda de 22 (25%). Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o número caiu de 244 para 177 — um decréscimo de 67 docentes efetivo(as) (27,46%). A Faculdade de Saúde Pública (FSP), que em 2014 possuía 91 docentes efetivos(as), hoje conta somente com 62. Perdeu 29 docentes (31,87%).

 

 

Outras unidades com preocupante déficit de professores e professoras são a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), que contava com 117 efetivos(as) em 2014 contra 92 atuais, portanto perdeu 25 docentes (21,37%); o Instituto de Psicologia (IP), que caiu de 87 docentes efetivos(as) para 69, com perda de 18 (20,69%); e a Faculdade de Educação (FE), que declinou de 106 docentes efetivos(as) para apenas 81, com perda de 25 docentes (23,58%).

 

 

Na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que contava com 474 docentes efetivos em 2014, o quadro foi reduzido a apenas 381 atualmente. A perda foi de 93 docentes (a maior registrada na USP, em números absolutos), o que representa 19,62% do quadro existente em 2014. A falta de docentes impacta gravemente as diversas habilitações do curso de Letras, mas afeta também os cursos de Geografia e História.

 

 

Outra unidade “gigante”, a Escola Politécnica (Poli), perdeu 79 docentes efetivos(as) no período, caindo de 454 para 375, ou seja: um quadro 17,40% menor que nove anos atrás.

 

 

Duas outras das maiores unidades da USP em número de professores(as), a Faculdade de Medicina (FM) e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), que em 2014 possuíam, somadas, 711 docentes efetivos(as) (quase 12% do corpo docente da USP na época), vêm logo atrás da FFLCH e da Poli na contabilidade absoluta de perdas.

 

 

A FM tinha 376 docentes, que se reduziram a 306, com perda de 70 docentes (18,62%). Unidade de origem do reitor Carlos Gilberto Carlotti Jr., a FMRP caiu de 335 para 269, com perda de 66 docentes (19,70%) ─ os cursos mais afetados parecem ser os de Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e Nutrição.

 

 

Na Escola de Comunicações e Artes (ECA), o número de docentes efetivos(as) caiu de 190, em setembro de 2014, para apenas 145 em agosto de 2023. Assim, a ECA perdeu 45 docentes nos últimos dez anos, o equivalente a 23,88% do quadro existente em 2014. O curso em situação mais crítica é o de Artes Visuais.

 

 

Na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), a Filô, o número de docentes efetivos(as) caiu de 213, em setembro de 2014, para apenas 196 em agosto de 2023. Uma redução de 17 docentes (7,98% em relação a 2014), que parece pequena, mas afeta drasticamente alguns cursos, como Pedagogia, Biblioteconomia e Ciências da Informação.

 

 

Situação parecida é a da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), onde o enxugamento de 9,43% do quadro efetivo, na comparação entre nove anos atrás e a atualidade, insinua-se modesto frente ao cenário de diversas outras unidades. No entanto, o quadro da EACH teve seu pico em 2018, com 285 docentes. Considerado o número atual de 240 docentes efetivos(as), há perda de 45 docentes na unidade, portanto a queda é de mais de 15%. A perda acumulada de professores(as) impacta negativamente, por exemplo, o curso de Obstetrícia, que demanda das e dos docentes muitas horas de supervisão de estágios. Além disso, é preciso levar em conta que essa unidade foi historicamente prejudicada ao ser subestimado, no seu planejamento, o contingente necessário de docentes, como aponta carta enviada à Congregação da unidade em 6 de setembro.

 




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