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Comissão de Educação apura falta de professores nas escolas municipais de Novo Hamburgo

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A Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (Coedu), da Câmara Municipal de Novo Hamburgo apura a situação da falta de professores nas escolas da cidade. Nas últimas semanas, os vereadores percorreram as escolas municipais para fazer um levantamento dos problemas em busca de diagnóstico e solução.

 

O problema da falta de professores foi apresentado à Coedu pelo Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (SindprofNH), que, no início de março, entregou à comissão um ofício apontando a falta de recursos humanos na Rede Municipal de Ensino. O documento foi recebido pelos componentes da Coedu,  vereador Felipe Kuhn Braun (PP), presidente, e os vereadores Enio Brizola (PT) e Lourdes Valim (Republicanos).

 

No relatório entregue à Coedu, a direção do Sindicato dos Professores relatava a falta de professores, funcionários e apoios à inclusão no ensino. De acordo com o documento, a falta de profissionais atinge a maioria das 78 escolas da Rede Municipal, que têm professores concursados em seus quadros, das 90 que a Secretaria de Educação é mantenedora.

 

Os dados foram levantados junto às escolas em questionário realizado e aplicado pelo sindicato no começo de março. Das 62 escolas contatadas, apenas nove estão com o quadro completo, ou seja, mais de 85% das escolas apontaram significativa falta de recursos humanos. Com um total de 219 professores de 20h/semanais e 67 estagiários de apoio de 30h/semanais faltando para atender aos estudantes.

 

Na última semana, os vereadores foram conferir diretamente nas escolas a situação. Em visita, no dia 22 de março, às Escolas Municipais de Educação Básica (Emeb) Senador Salgado Filho e Martha Wartenberg, ambas no bairro Canudos, os vereadores conversaram com membros da direção e funcionários.

 

Especificidades de cada escola

 

Na Senador Salgado Filho, que conta com 720 alunos da faixa etária 4 ao EJA, o grupo foi recebido pela diretora Analice Silveira, pela coordenadora pedagógica de anos iniciais, Cláudia Adriana Kunzen, e pela orientadora educacional Aline dos Santos Faleiro. Conforme o relato da equipe, há carência de seis professores, sendo quatro de currículo, um de Matemática e outro de Ciências.

 

“Para chamar um professor de concurso, é preciso que ele tenha no mínimo oito horas em sala de aula durante o estágio probatório. E nós teremos só quatro. Ele teria que se dividir em duas escolas”, esclareceu a diretora sobre algumas particularidades que tornam o processo mais delicado.

 

Analice informou ainda que, além dessas necessidades elencadas, faltam profissionais para ministrar religião, geografia e outras matérias, totalizando 12 períodos. Contudo, de acordo com ela, essas disciplinas não exigem especialistas, havendo a possibilidade de qualquer professor de área assumir essas aulas.

 

Cientes que a Secretaria Municipal de Educação (Smed) assinou desde o início de janeiro o chamamento de novos concursados, as professoras sabem que o processo de contratação é moroso, devido aos prazos legais. “Chamam um hoje, aí tem 15 dias para se apresentar, depois mais 15 dias do processo dos exames admissionais. Se a pessoa desiste, volta-se para a lista. Esse tempo entre tu chamar e a pessoa começar na escola são 30 dias, e se há desistência inicia novamente”, disse Analice.

 

Concurso cancelado

 

Conforme lembrou o vereador Enio Brizola, relator da Coedu, a Lei Complementar nº 173/20 suspendeu os prazos de validade dos concursos públicos, o que impediu a contratação de professores do último concurso. No entanto, ele ressalta a urgência de resolver o problema da falta de pessoal nas escolas. “Um chamamento no começo deste ano se fazia urgente para atender os alunos na retomada das aulas, sem provocar prejuízos ao aprendizado tão impactado pela pandemia”, destaca.

 

Brizola informa que a comissão agora busca um levantamento completo, e, além das visitas presenciais, vai contatar todas as escolas por meio de questionários via e-mail, tendo em vista a grande quantidade de escolas. Segundo o vereador, a ideia da Coedu é promover uma audiência pública para ampliar o debate e dar um encaminhamento para esta questão pontual e para outras indicadas pelo sindicato.

 

Outros problemas

 

Na Emeb Martha Wartenberg, com 800 alunos, a maior do município em número de alunos, os parlamentares foram recebidos pela vice-diretora Patrícia de Souza; coordenador pedagógico da educação infantil, Luiz Fernando Lamb Balon; e coordenadora pedagógica dos anos finais, Gisele Jardim. Com seu quadro de educadores mais completo, os professores aproveitaram a reunião para solicitar o retorno de um guarda municipal no local devido a problemas de drogadição e violência entre estudantes.

 

“Em vista de outras, a nossa escola está bem. No momento, nós temos falta só de dois professores: a de inglês, que pediu transferência, e uma professora para a faixa etária 5. No restante o nosso quadro está completo. Chegaram duas professoras para a nossa escola e três apoiadores hoje e amanhã mais uma. Temos duas professoras grávidas, uma delas já retorna segunda-feira”, falou Patrícia.

 

(*) Com informações da assessoria de imprensa do gabinete do vereador Enio Brizola – Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo.

 

Foto da capa/legenda: Visita à Escola Municipal de Educação Básica Eugênio Nelson Ritzel / Crédito: Jaime Freitas/CMNH

 

 




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