Ao analisarmos as metas contidas no Objetivo 2 do ODS ( https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/2 ), fica evidenciado que a Tecnologia Social – Hb, desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação, atende um dos aspectos mais relevantes que está contido nelas: a desnutrição.
Para buscar este atingimento é necessário que tenhamos políticas públicas efetivas que garantam o acesso das pessoas, principalmente os mais pobres, a alimentos seguros e nutritivos.
Atenção especial deve ser dada para as crianças menores de 5 anos, adolescentes, mulheres grávidas e lactantes e pessoas idosas, que sabidamente, nas regiões mais carentes, possuem necessidade de suplementação nutricional.
A anemia é uma das carências nutricionais que mais preocupam as organizações de saúde. Nas crianças a deficiência de ferro provoca baixo desempenho motor e mental. Nas gestantes causa fadiga, falta de ar, tendência a infecções, afeta o desenvolvimento da placenta e os fetos apresentam pouco peso. Na rede pública de ensino o percentual de crianças com anemia é significativo.
Preocupados com esta situação a equipe do IPTI, localizado em Santa Luzia do Itanhy (SE) desenvolveu um equipamento de baixo custo e fácil manuseio, chamado de Hb, que possui a finalidade de medir a taxa de hemoglobina no sangue (homoglobinômetro).
Já na experiência piloto, que foi desenvolvida com 400 alunos em dois municípios, a orientação nutricional reduziu os índices de anemia após 12 semanas de tratamento.
O desenvolvimento do projeto contou com o envolvimento dos técnicos de enfermagem dos postos de saúde, assim como dos agendes de saúde da família quando da etapa de acompanhamento nas residências.
A necessidade da presença permanente de um médico na execução do projeto foi equacionada com a aplicação de um questionário de anamnese com o objetivo de identificar os graus de comprometimento de cada aluno em relação a deficiência de ferro.
O sucesso do processo foi aumentando na medida que o desenvolvimento da solução envolvia em atividades conjuntas a equipe técnica do IPTI, os profissionais de saúde do município e a comunidade escolar, incluindo pais e professores.
Entre os desafios que foram superados, fruto do trabalho coletivo, pode-se citar: mudanças nos hábitos alimentares, melhoria na comunicação entre os técnicos e as famílias e a melhor gestão dos dados e informações.
Detalhes sobre a implantação e funcionamento do projeto podem ser acompanhados pelos seguintes endereços eletrônicos:
https://transforma.fbb.org.br/tecnologia-social/hb-tecnologia-social-de-combate-a-anemia-ferropriva
https://www.ipti.org.br/projetos/hb/
A reaplicação desta TS pode contar com o apoio do poder público e investidores sociais privados.
Jefferson Oliveira é economista
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