O Brasil registrou 2.087 mortes por Covid-19 em 24h e 67.009 novos casos de infecção, segundo dados consolidados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) neste sábado (15).
Nessa última semana, embora todos os números continuem subnotificados, os óbitos caíram e os casos de novas infecções subiram. Apuração da CNN Brasil indica que, na semana epidemiológica encerrada neste sábado, total de mortes teve queda de 10%, mas novas infecções subiram 5%.
O Conass informa que, com os números das últimas 24 horas registrados neste sábado (15), o Brasil passa a ter 434.715 mortes e 15.586.534 contaminações pelo novo coronavírus, desde o início da pandemia.
Os índices mantêm o Brasil no segundo posto de país com mais mortes pela doença, atrás dos Estados Unidos (com 585 mil óbitos); e o terceiro em número de casos, atrás dos EUA e da Índia, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Apuração da CNN também indica que, na semana epidemiológica encerrada neste sábado (15), foram registradas 13.399 mortes pela doença no País, 9,9% a menos do que na semana anterior (14.879). É a quinta semana de queda. O pico semanal, entre 4 e 10 de abril, foi de 21.141 mortes. A média diária de óbitos dos últimos sete dias ficou em 1.914, ante 2.126 há uma semana.
O número de novos casos, porém, voltou a subir: no total da semana foram 440.655 novas infecções notificadas, 4,9% mais que na semana anterior (417.904). O recorde desde o início da pandemia foi marcado há sete semanas, com 539.903 novos casos entre 21 e 29 de março. Este número chegou a cair a 408.124 na semana de 18 de abril, e voltou a subir lentamente desde então.
A média móvel diária dos últimos sete dias foi de 62.951 novos casos, também numa tendência de alta que já vem acontecendo desde 26 de abril, quando 56 mil infecções estavam sendo notificadas por dia, em média.
São Paulo é estado brasileiro mais atingido pela pandemia, são 3 milhões de casos e 103 mil mortes. Os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná também já ultrapassaram a marca de 1 milhão de infectados pela Covid-19.
Vacina
A Fiocruz divulgou nota, na sexta-feira (14), informando que, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), entreou, na sexta-feira (14/5), 4,7 milhões de doses da vacina Covid-19, 600 mil a mais do que o inicialmente previsto.
O Instituto Butantan também divulgou nota afirmando que “o atraso nos envios de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção de CoronaVac não é devido ao contrato com a parceira chinesa Sinovac, mas à falta de liberação burocrática”.
O presidente do instituto, Dimas Covas, declarou, na sexta-feira (14), ao acompanhar a entrega ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) de um novo lote com 1,1 milhão de doses da vacina do Butantan contra a Covid-19, que “o primeiro contrato foi cumprido com 12 dias de atraso. Do ponto de vista contratual, é um atraso absolutamente normal em um volume de 46 milhões de doses”.
Informou que o segundo contrato, que foi assinado em fevereiro para o fornecimento de 54 milhões de doses, ainda está em andamento. “Não temos nenhum problema na nossa relação contratual com a Sinovac. O problema é com a liberação de IFA, que tem de ser feita o mais rápido possível”.
“Se houver novos envios de matéria-prima da China em breve, o Butantan conseguirá manter o cronograma de entregas ao Ministério da Saúde. “Se o IFA chegar muito rapidamente, vamos recuperar o cronograma de maio e cumprir o cronograma de junho”, afirmou Dimas.
Quanto à situação da vacina russa, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, justificou, há 3 dias, durante depoimento na CPI da Pandemia, no Senado Federal, que a última negativa do pedido de autorização excepcional para a importação do imunizante russo se deu, entre outros pontos, ao fato de a Anvisa não ter recebido um relatório técnico capaz de comprovar que a Sputnik V atende a padrões de qualidade e que o adenovírus usado para carregar o material genético do coronavírus é capaz de se reproduzir.
O Fundo Soberano Russo, responsável pela Sputnik V, enviou à Anvisa documento em que nega a presença de adenovírus replicante em amostras da vacina. Apesar disso, Barra Torres disse que o documento “afirma, mas não comprova” a alegação. A Rússia acusa ingerência das farmacêuticas multinacionais ocidentais na gestão da compra da vacina pelo Brasil. Enquanto o governo Bolsonaro se ajoelha para as multinacionais farmacêuticas dos EUA e Europa, as mortes ultrapassam 450 mil, o Brasil passa vexame por lentidão na vacinação.
Anvisa
Em entrevista ao site Sputnik Brasil, o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e fundador e primeiro diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), diz que o Brasil poderia vacinar quatro vezes mais rápido do que o ritmo atual.
Na entrevista, ele apontou as falhas do governo Jair Bolsonaro (sem partido) na aquisição de vacinas contra a Covid-19, mas acredita que, em um cenário otimista, seja possível concluir a imunização antes do fim do ano.
Nas últimas semanas, segundo o site, o Brasil despencou no ranking mundial de velocidade de vacinação. Devido ao atraso na aplicação da segunda dose da CoronaVac e por falta de insumos para produzir imunizantes, o País caiu da quarta para a oitava posição entre os que mais aplicam doses de vacina contra a Covid-19 por dia.
A média diária de vacinação, que era de 995 mil, em 29 de abril, passou para 429 mil na última quarta-feira (12), segundo dados do Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford, conforme noticiado pelo portal G1.
“Não tem muito milagre. Sem vacina, perdemos o ritmo de vacinação”, disse”.
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