O canabidiol, de modo isolado, não possui as propriedades psicoativas que são típicas da planta Cannabis sativa. No contexto científico, o uso medicinal desta substância já foi avaliado em doenças como epilepsia, transtornos de ansiedade, distúrbios do sono, Parkinson e esquizofrenia.
Entre os resultados que caracterizam a originalidade do trabalho, está o perfil isolado dos efeitos colaterais do canabidiol. Ou seja, neste estudo foi possível avaliar seu uso sem associação com outras medicações. Apesar de outras pesquisas já terem assegurado que o fármaco é seguro, cinco dos 120 voluntários apresentaram efeitos adversos considerados graves, com aumento nas enzimas hepáticas e farmacodermia, que é uma reação cutânea adversa a medicamentos. Entretanto, todos tiveram plena recuperação após a interrupção do uso do fármaco.
“O canabidiol deve ser prescrito por um médico que vai poder monitorar os efeitos colaterais por meio de entrevista e realização de exames laboratoriais”, ressalta o professor da USP.
(*) Por: Giovanna Grepi / Arte: Simone Gomes
Do Jornal da USP
Deixe um comentário